Na última rodada de pesquisas divulgadas pelo Diário, o candidato Nilson do Mercado Filho (PCdoB) registrou 1,8% das intenções de voto, 42,7 pontos percentuais atrás do líder Gabriel Maranhão (PSDB). Apesar do cenário contrário, o comunista afirma que acredita no famigerado ditado de que a esperança é a última a morrer.

"Acredito que teremos uma grande surpresa no domingo. Está na hora de o pessoal tomar a decisão certa e é isso que venho pregando na campanha", considerou.

Apesar de prever mudanças na cena da eleição, Nilsinho não dá vestígios de que tem um coelho na cartola. Na última semana de pleito, sua maior exposição é tomar a atitude de subir sobre perua, que faz as vezes de palanque móvel, e discursar ao lado do pai e ex-prefeiturável Nilson do Mercado (PCdoB).

Este, por sua vez, diz que está orgulhoso e que chega a se emocionar com a aceitação angariada pelo filho. "Chega a me surpreender. É espetacular ver as pessoas conversando com ele. Elas o tratam de um jeito especial", explanou o presidente do partido.

O patriarca teve candidatura indeferida por ter sido julgado culpado pelo crime de vender produtos fora do prazo de validade, caindo na Lei da Ficha Limpa, portanto.

Mesmo com tal perfil, Nilson é o encarregado de travar disputa com o prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estão no hall de padrinhos políticos dos prefeituráveis da cidade. Nos panfletos comunistas há destaque para a imagem de Nilson, aos moldes do que é feito com Kiko e Lula nas campanhas de Gabriel Maranhão e Claudinho da Geladeira (PT), respectivamente.

"Não vou dizer que minha imagem é mais forte ou fraca. Eu e o Kiko somos da cidade, mas ele não está tão próximo à população. Vivo aqui e me alimento dos frutos daqui", filosofou Nilson.