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Maranhão reafirma voto em Dilma e irrita PSDB

Prefeito de Rio Grande, tucano diz que petista ‘está sendo fundamental’; legenda fala em traição

Raphael Rocha
Júnior Carvalho
05/07/2014 | 07:26
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André Henriques/DGABC


O prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (PSDB), reafirmou sua preferência pela presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de outubro, a despeito de o PSDB ter o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) como postulante ao Palácio do Planalto.

Ao Diário, Maranhão disse que a petista “está sendo fundamental para a cidade” e que não poderia se furtar em declarar publicamente apoio ao projeto que pretende estender a permanência do PT no governo federal.

Maranhão destacou ainda que, sem divulgá-los, os nomes que escolheu para governador, deputados federal e estadual e senador, “não são necessariamente do PSDB”. “Todos os meus candidatos têm importância fundamental para Rio Grande da Serra. Não são aventureiros. Os meus vínculos (de apoio) são pessoais”, frisou o chefe do Executivo, que voltou a rasgar elogios à administração petista. “O governo federal está sendo fundamental para o município, nos ajudou na construção da UPA (Unidade de Pronto Atendimento), da Praça do Mirante , além de nos beneficiar com o Mais Médicos e com o Minha Casa Minha Vida. Sei da repercussão (na mídia), mas o meu maior partido é Rio Grande da Serra”, frisou.

Único prefeito do PSDB no Grande ABC, Maranhão causou polêmica nesta semana ao declarar voto a Dilma. Na quarta-feira, durante agenda em Brasília, em que a presidente anunciou investimentos de R$ 461,6 milhões à região para Mobilidade Urbana, o tucano não se conteve e afirmou que, apesar de ser do PSDB, tem “coração e alma” vermelhos.

As declarações não foram bem digeridas pela cúpula do tucanato paulista, que classificou as falas como traição e estuda punir o prefeito. “Profundamente lamentável essa atitude. Posição de quem não tem compromisso com o partido e muito menos com seus eleitores”, analisou o secretário regional do PSDB, Luiz Antonio de Carvalho.

Não foi a primeira vez que Maranhão flertou com os petistas. Recentemente, o tucano chegou a sinalizar apoio ao ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo do Estado. “Vejo com indignação essa traição, não só ao PSDB que o elegeu, mas uma facada nas costas do governador (Geraldo Alckmin, postulante do PSDB à reeleição)”, completou Carvalho.
O prefeito, por sua vez, disse não temer represália. 




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