Política Titulo Diadema
Juiz reconhece erro em edital
e descarta fraude em urnas

Devido à denúncia de participação irregular de funcionários
da Prefeitura no processo foi feita nova geração de mídias

Marília Montich
Do Diário do Grande ABC
03/10/2012 | 07:15
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O juiz eleitoral da 222ª Zona Eleitoral de Diadema, André Mattos Soares, reconheceu ontem erro na publicação do edital de geração de urnas. Devido à participação irregular de funcionários da Prefeitura no processo - fato apontado pela Defesa da coligação Diadema Pode Mais, encabeçada pelo PV de Lauro Michels - foi realizada ontem nova geração de mídias nos equipamentos que já estavam prontos para a votação de domingo. Das 245 urnas disponíveis, 140 já haviam sido lacradas.

"Houve apenas um erro na publicação do edital, como já reconheci formalmente por meio de impugnação feita por um dos partidos e, para evitar qualquer questionamento relativo à lisura do processo eleitoral, foi determinado novo procedimento de geração de mídia e lacração de urna", explicou Soares.

A irregularidade veio à tona quando o advogado da campanha do PV, Fernando Moreira Machado, notou que os nomes de dois funcionários que atuavam no cartório não constavam no documento publicado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral).

A manipulação das urnas por funcionários não autorizados abriria brecha para suposto favorecimento ao prefeito Mário Reali (PT), que concorre à reeleição. Moreira, no entanto, preferiu não oficializar essa desconfiança. "(Suspeita de) fraude não foi o meu pedido. Pedi para que se cumprisse o edital."

Presidente do PT, Josemundo Queiroz, o Josa, afirmou, contudo, que Michels tem usado a situação como arma eleitoral. "O adversário está dizendo que a eleição foi fraudada e que estão sendo lesados. Ou seja, fazendo puro uso político de uma situação criada, a princípio, por erro administrativo, mas que também foi intencionada por eles mesmos."




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