D+ Titulo Altos e baixos
Tamanho não
é documento!

Se é lá das nuvens ou se é bem perto do chão, não importa;
grandes e pequenos provam que a altura é um mero detalhe

Bruna Gonçalves
Do Diário do Grande ABC
27/11/2011 | 07:00
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Andréa Iseki/DGABC


Girafa, tampinha, Olivia Palito, vareta, gigante, pequena, pitoco, baixinho. Se já foi chamado assim, não encana. Cada um tem um ritmo de crescimento e a melhor coisa a fazer é se aceitar do jeito que é. Mas se não se aguenta para saber como vai ficar, uma forma de matar a curiosidade é olhar seus pais: 90% do fator altura é genético. Hormônios, metabolismo, alimentação e exercícios físicos também influenciam. Até uma boa noite de sono pode interferir, afinal, é quando o hormônio do crescimento age.

"Não adianta fazer comparações com gente da mesma idade. Ninguém cresce igual. Cada um tem sua fase de desenvolvimento e é na puberdade que o estirão é maior ", explica a endocrinologista Margaret Boguszewski, do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Em geral, 95% dos garotos crescem antes dos 18, enquanto as garotas, que se desenvolvem mais cedo, antes dos 16. A média do País é de 1,61m para mulher de 1,73m para homem.

Gabriel Polpeta Gusmão, 15 anos, de São Caetano, passou um pouquinho da estatística. Ele mede 1,92m e já foi zoado por isso, mas não se incomoda. "Acho que já nasci grande. Minha mãe conta que eu tinha 55 cm. Puxei meu pai que tem 1,80m", conta. Mesmo gostando de ser alto, admite desvantagens. "É ruim para sentar na carteira na escola e também bato a cabeça ao passar pela porta." Por outro lado, Gabriel sabe que vai ser mais fácil realizar seu grande sonho: ser jogador de basquete. "Tenho de usar a altura a meu favor."

Não é regra, mas vôlei e basquete costumam ser os esportes favoritos dos altos. Já os baixinhos se dão melhor no futebol e handebol. Apesar de não ligar em ser baixo, Guilherme Maia, 14, de São Bernardo, prefere o futebol. Ele tem 1,56m e torce para não parar por aí. "Sei que ainda vou crescer. Estou confiante."

É esta postura que os especialistas recomendam. "O adolescente tem mania de ‘ter que ser', o que o torna mais suscetível a comparações. É preciso entender que não há padrões. Cada um precisa encontrar um talento especial, independentemente de ser alto ou baixo", explica o professor de psicologia da PUC Carlos Eduardo Carvalho Freire.

É O AMOR - Juntos há cinco meses, o casal Isabella Braga Correa, 15, e João Victor Maranho Klotz, 16, de São Bernardo, é a prova de que a diferença na altura não atrapalha. Com 1,53m, ela afirma que prefere os garotos mais altos. "Me sinto protegida." Perfeito, porque ele, com 1,85m, gosta das baixinhas. "O abraço é mais gostoso, mesmo que ela tenha de ficar sempre na ponta do pé."

 

Vantagens e desvantagens em ser ...

BAIXINHO

Dá para usar salto sem ficar mais alta do que o namorado.

Ser o primeiro da fila.

Passar despercebido naquele dia em que não quer ser notado.

Receber abraço aconchegante de alguém mais alto.

Poder se enfiar e esconder em todo o lugar.

 

Tem de sentar na frente da sala e cinema para enxergar.

Pular para ver um show.

Fazer a barra da calça.

Fica difícil encontrar namorada mais baixa.

Ter de usar escada ou banquinho para alcançar algo lá no alto.

 

ALTO

Não precisa subir na escada para pegar algo lá no alto.

Enxergar perfeitamente os shows e filmes.

Poder jogar no time de basquete e vôlei.

Poder envolver melhor as pessoas em um abraço.

Poder investir na carreira de modelo.

 

Ficar com o pé para fora da cama.

Precisa ficar encurvado para passar nos lugares e dolorido na carteira da sala.

É difícil encontrar calça que não fique curta.

Complicado achar alguém mais alto para namorar.




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