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Só 40% das agências aderem à greve
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
22/09/2012 | 07:30
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Tiago Silva/DGABC


Após quatro dias de greve, apenas cerca de 20% dos bancários aderiram à paralisação e menos de 40% das agências ficaram fechadas. Mesmo assim, o balanço do Sindicato dos Bancários do ABC é positivo. Nesta semana foram fechadas 120 agências das 350. Dos 7.500 trabalhadores do setor financeiro, 1.600 cruzaram os braços. A Caixa Econômica Federal é a única instituição cuja todas as unidades aderiram à paralisação. "Vamos retomar as mobilizações na segunda-feira, mas não divulgamos em qual cidade estaremos por estratégia", comenta Eric Nilson, presidente do sindicato regional.

 

Em assembleia, trabalhadores definiram que os atos grevistas devem permanecer até o momento que a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) fizer contraproposta à inicial, quando ofereceu 6% de reajuste salarial. O índice fica muito abaixo do que a categoria reivindica: 10,25%. Ontem, as ações foram intensificadas em São Bernardo (bairros como Taboão e Paulicéia) e no Centro de Diadema. O sindicato já passou pelas sete cidades e iniciou o movimento na terça em Santo André.

Vale lembrar que os halls de atendimento permanecem abertos, com caixas eletrônicos em funcionamento para que os clientes possam fazer transações e utilizar os demais serviços bancários. Uma opção para quem não conseguir pagar as contas nas agências é procurar as casas lotéricas ou site bancário e telefone. Os vencimentos de boletos são mantidos e, em caso de atraso, o consumidor pagará multa.

RELEMBRE - A categoria soma, no País, 500 mil trabalhadores. A data base é em 1º de setembro. Além do aumento de 10,25% nos salários, os bancários reivindicam piso salarial de R$ 2.416,38 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de três salários mais R$ 4.961,25 fixos; elevação para R$ 622 dos valores de auxílio-refeição, cesta-alimentação, auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação; além da criação do 13º auxílio-refeição. A data base da categoria é em 1º de setembro. A campanha é unificada e nacional.

A greve teve início após o Comando Nacional dos Bancários considerar insuficiente a proposta dos bancos apresentada no dia 28, de 6% de reajuste sobre todas as verbas salariais - aumento real de 0,58%. Em nova rodada de negociação realizada no dia 4, a Fenaban não apresentou outra proposta. Por isso, o comando orientou os sindicatos do País a encaminhar os trabalhadores à greve.

A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) enviou carta à Fenaban para informar sobre o calendário de mobilização aprovado pelo comando. A confederação conclui a carta ponderando que, "como acreditamos no diálogo e apostamos no processo de negociações, aguardamos manifestação dessa federação com nova proposta, para que possamos submetê-la à apreciação das assembleias".

 

 




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