Índice de Confiança do Empresário Industrial, aumentou 0,7
ponto frente ao indicador de outubro, chegando a 55,3 pontos
As condições atuais da economia brasileira, com carga tributária elevada e concorrência crescente dos produtos importados, têm tirado o sono do empresário industrial que, no entanto, se mostrou ligeiramente mais otimista em novembro em relação à perspectiva do mês anterior.
É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário Industrial, apurado pela Confederação Nacional da Indústria, que aumentou 0,7 ponto frente ao indicador de outubro. Atingiu 55,3 pontos (em escala que vai de zero a 100, em que acima de 50 significa confiança e, abaixo disso, pessimismo).
A ligeira melhora, no entanto, não é suficiente para mostrar reversão de tendência de deterioração do quadro de otimismo no setor industrial, desde o início de 2010. O economista da CNI Marcelo de Ávila explica que, depois da crise financeira global – que estourou com a quebra do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008 –, o forte encolhimento do crédito internacional e da demanda derrubaram a confiança das empresas em todo o mundo, e também no Brasil, ao longo do primeiro semestre de 2009.
Depois, com medidas do governo federal (redução de impostos e linhas de crédito especiais pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, por exemplo), o índice de otimismo do setor empresarial aumentou e atingiu nível elevado em janeiro de 2010 (68,7 pontos). Entretanto, a retirada de incentivos tributários e a invasão de produtos importados contribuíram para a retração no indicador.
Ávila observa que as vendas da indústria reduziram o ritmo neste ano e, com isso, as empresas elevarem seus estoques. É o caso, por exemplo, do setor automobilístico, que registrou, em outubro, marca recorde de 40 dias para a desova dos veículos parados nos pátios das fábricas e nas lojas, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
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