Os adversários de urna do prefeito Aidan Ravin (PTB), que concorre à reeleição, não pouparam críticas ao material que está sendo distribuído pela equipe de campanha do petebista, que contém informações que não condizem com a realidade, como feitos que ainda não foram realizados, conforme publicado pelo Diário ontem.

O petebista disse, por exemplo, que entregou "mais de 1.700" unidades habitacionais. Mas inaugurou 924. Na Saúde, diz que dobrou o número de leitos de UTI. Mas só aumento de 17 para 21.

O candidato do PT, Carlos Grana, comparou o chefe do Executivo com personagem de desenho animado que, a cada mentira contada, o nariz cresce. "Além de ter se demonstrado ausente como governante e durante a campanha, se escondendo da população, tem essa nova faceta de ‘prefeito-Pinóchio', que mente desde a publicidade até os projetos do PT, como o Hospital da Mulher, que diz ter sido feito por ele", disparou o petista.

Já Raimundo Salles, postulante do PDT, afirmou que o candidato do PTB conta inverdades desde as eleições de 2008. "O governo dele é uma farsa. Não é de hoje que ele divulga informações falsas", disse o prefeiturável, que lembrou o caso de quando Aidan, no último pleito municipal, disse que 800 crianças foram registradas na cidade com seu nome como forma de homenagem dos pais ao médico que deu a luz ao filho, mas o cartório da cidade possuía apenas cerca de 50 pessoas batizadas com o mesmo nome do então candidato a prefeito.

Alexandre Flaquer (PRTB) e Marcelo Reina (Psol) também deram declarações criticando ação do petebista. "Inventar obras feitas é o que comprova sua incompetência administrativa", disse Reina.

Flaquer e Grana foram os únicos a declarar que levarão o caso aos setores jurídicos da campanha para analisar possíveis pedidos de impugnação da candidatura de Aidan. Nilson Bonome (PMDB) foi procurado, mas não atendeu às ligações.

A equipe do Diário procurou, novamente, a coordenação de campanha de Aidan para esclarecer os problemas com o material eleitoral contendo informações equivocadas. No entanto, a assessoria do candidato não respondeu aos questionamentos até o fechamento desta edição.

Desde o início da corrida eleitoral, o petebista não divulga agenda e adota essa atitude como estratégia de campanha.