Economia Titulo Grande ABC
Cesta básica fica R$ 9,70 mais barata em junho no Grande ABC

Tomate e batata ajudaram a derrubar preço do conjunto de itens

Leone Farias
do Diário do Grande ABC
04/07/2014 | 07:07
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Se no início do ano os hortifrútis ajudaram a elevar o custo da cesta básica na região, em junho, dois produtos de horta, o tomate e a batata, foram os principais responsáveis por reduzir em 2,11% o valor do conjunto de itens de primeira necessidade nos sete municípios, na comparação com os preços registrados em maio.

É o que aponta a pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), que apura o valor médio gasto com o básico necessário para o consumo de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças). Por esse levantamento, a cesta, formada por alimentos in natura, industrializados e artigos de higiene pessoal e de limpeza doméstica, em supermercados do Grande ABC, custa agora R$ 450,31, frente aos R$ 460,01 do mês anterior; economia de R$ 9,70.

Pelo estudo, o tomate subiu 19,09% no mês passado, em relação à média de maio, passando a custar R$ 4,99 o quilo, enquanto a batata teve reajuste médio de 16,28%, chegando ao valor de R$ 3,29 o quilo. No caso do primeiro item, o técnico agrícola da Craisa José Marcelo Lisboa, cita que as regiões produtoras não sofreram tanto com a escassez de água, e o clima ameno da estação também ajudou a elevar a oferta.

Já em relação ao tubérculo, junho é mês de safra em áreas do Paraná, Rio Grande do Sul e Sul de Minas de Gerais, o que também amplia o volume para comercialização, pressionando para baixo os preços, aponta o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo).

Outro destaque que ajudou a reduzir o custo da cesta foi o feijão carioca. O produto teve diminuição de 7,6%, passando a custar R$ 2,38 o saco de um quilo. A queda de preço preocupa os analistas. Na mesma época do ano passado, o item superava os R$ 5, ou seja, mais que o dobro. De acordo com a Craisa, os valores baixos desse item podem desestimular produtores a seguir com essa cultura, o que colaboraria para reduzir a oferta na safra de setembro, impulsionando para cima o valor para o consumidor.

Ainda na lista dos itens que puxaram para baixo o indicador estão a laranja (6,31%) e a alface (4,97%), que tradicionalmente têm redução de consumo no inverno, segundo o responsável pela pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto. 




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