Criticada pelo prefeiturável do PV de Diadema, Lauro Michels, por não participar das atividades de campanha na cidade no início do processo eleitoral, a deputada estadual Regina Gonçalves (PV) entrou de vez na empreitada verde para tentar tirar a Prefeitura do grupo petista depois de 30 anos.

Antes ausente, Regina é figura certa nas caminhadas e carreatas de Michels nos fins de semana. E exerce papel de destaque nos atos: empunha o microfone para listar problemas da administração Mário Reali (PT), critica o volume de campanha petista e elenca propostas do PV para Diadema.

"A participação dela (Regina) está satisfatória, está ótima", avaliou Michels, que teceu duras críticas à deputada estadual em agosto. "Toda ajuda é bem-vinda. Ela está me ajudando e tem de me ajudar mesmo. Ela é coordenadora (da campanha), tem de se desdobrar para chapa dos proporcionais e para nossa chapa majoritária. Ela é a nossa deputada e ela tem de estar na rua mesmo. É uma parceria que nós temos para o melhor da cidade. Ela sabe que o melhor é o Partido Verde hoje, que é o nosso partido."

Regina sempre disse que reservaria participação mais efetiva na reta final da eleição. Mas sua visita ao prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), em agosto, iniciou crise no PV diademense durante o processo eleitoral. A verde afirmou que o encontro serviu apenas para tratar sobre emendas parlamentares para São Bernardo e que eles não debateram aliança entre PV e PT em Diadema.

A parlamentar estadual argumentou que, aos poucos, os eleitores diademenses conseguem enxergar melhor as propostas do PV. "Apesar da falta de recursos, de volume de campanha nas ruas, a nossa é realizada pela militância, pelos candidatos a vereador, grupos de apoio e pela adesão da população que quer mudança. Tenho certeza de que campanha não se ganha em cima de salto alto, com arrogância e menosprezo, mas sim com humildade, trabalho e perseverança."

Questionada se vislumbra segundo turno, com Michels revertendo cenário hoje favorável à vitória de Reali já na primeira etapa da corrida eleitoral, Regina foi enfática: "Não vislumbro segundo turno. Tenho certeza (que haverá)."