Automóveis Titulo Lançamento
Hyundai HB20
chega por R$ 31.995

Fabricado em Piracicaba (SP), compacto desenvolvido para
mercado brasileiro conquista pelo design e custo-benefício

Marcelo Monegato
Enviado a Comandatuba (BA)
19/09/2012 | 07:00
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Visual arrojado, desempenho refinado, custo-benefício elevado. Este é o resumo das principais qualidades do Hyundai HB20, compacto desenvolvido pela fabricante sul-coreana especificamente para o mercado brasileiro e que chegará às concessionárias da marca a partir de 10 de outubro com preço inicial de R$ 31.995.

Produzido na nova fábrica da Hyundai em Piracicaba (SP), o HB20 terá motor 1.0 12V (três cilindros) de até 80 cv de potência ou 1.6 16V (quatro cilindros) de 128 cv - ambos flex, com comando variável de válvulas (CVVT) e bloco em alumínio. Também estarão disponíveis dois tipos de transmissão (manual de cinco marchas ou automática de quatro velocidades) e quatro de acabamento (Comfort, Comfort Plus, Comfort Style e Premium).

Desde a configuração de entrada Comfort - com propulsor 1.0 -, a lista de equipamentos é bastante recheada, com direção hidráulica, ar-condicionado, computador de bordo (seis funções), isofix e air bag duplo de série. A configuração Comfort com bloco 1.6 traz os mesmos itens, mais freios com ABS (antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem) - o preço, claro, é mais salgado: R$ 36.995.

Travas e vidros elétricos - nas quatro portas - estão disponíveis apenas a partir da versão Comfort Plus, tanto para motor 1.0 quanto 1.6. E o câmbio automático equipará apenas as opções Comfort Style e Premium, ambas com o bloco mais potente da gama. O único opcional disponível é o sistema de som Áudio Hyundai para as versões Comfort e Comfort Plus por R$ 995 - as demais já vêm com o item de fábrica.

"Carro pelado não combina com a Hyundai. Não queremos fazer automóveis baratos. Queremos fazer automóveis competitivos", declarou Rodolfo Stopa, gerente de produto da Hyundai do Brasil, ao justificar o fato de a versão de entrada do HB20 já ser bastante recheada. No entanto, de acordo com informações de um funcionário ligado à marca, uma configuração com menos itens de série e preço mais baixo estaria no forno.

O tempo de garantia é de cinco anos, sem limite de quilometragem. A primeira revisão acontece com 10 mil quilômetros ou um ano (aquela que vir primeiro), e as demais de dez em dez mil. De acordo com Fernando Espírito Santo, gerente geral de pós-vendas da Hyundai do Brasil, o Seguro Auto Hyundai estará com um preço fechado, independentemente do perfil do segurado, de R$ 1.300 para as versões com motor 1.0 e R$ 1.600 para as com bloco 1.6. "Estes são preços fixos, e não a partir de", enaltece.

Com esta postura arrojada, tendo em mãos um produto com muitas qualidades, poucas observações negativas e nenhum defeito crasso, o HB20 coloca uma pulga atrás da orelha das concorrentes. Volkswagen Gol e Fiat Palio, os principais concorrentes apontados pela Hyundai para seu compacto tupiniquim, não devem perder posições de destaque - mesmo porque têm versões peladas, mais em conta e que por isso vendem mais -, mas a referência em termos de automóvel agora mudou, e atende pelo nome de HB20.

 

Feito exclusivamente para o Brasil

 

O Hyundai HB20 foi inteiramente desenvolvido para atender ao perfil do consumidor brasileiro e será produzido somente na nova fábrica da marca em Piracicaba (SP), com capacidade para 150 mil veículos por ano - 34 automóveis por hora. De acordo o designer Casey Hyun, o pontapé inicial do projeto foi em 2009, a partir da criação de diversos desenhos que tinham como objetivo manter o DNA Hyundai, mas com a ‘ginga' brasileira.

Entre 2009 e 2010, após as criações iniciais passarem pelas mãos de importantes designers brasileiros e de instituições de ensino, como Faap (Fundação Armando Alvares Penteado) e Unesp (Universidade Estadual de São Paulo), os designers da Hyundai passaram 12 meses no Brasil para entender a cultura local.

"O HB20 foi desenvolvido não apenas para competir, mas para dominar", garantiu Hyun, confiante de que esteticamente o carro será um sucesso. "Será um carro referência no mercado brasileiro em termos de design", apostou também Rodolfo Stopa, gerente de produto da Hyundai do Brasil.

O compacto sul-coreano rodou 1,3 milhão de quilômetros em três países - 550 mil apenas no Brasil. Nestes testes de rodagem, "mais de 140 itens foram aperfeiçoados, como calibração dos motores, relação das marchas, funcionamento do ar-condicionado, acerto da suspensão, entre outros", revelou Stopa.

 

HB20 surpreende ainda mais rodando

 

Parado, o HB20 conquista pelo preço competitivo, bom custo-benefício e design moderno. Em movimento, o compacto sul-coreano arrebata pelo bom equilíbrio dos conjuntos mecânicos. O Diário avaliou, por mais de 250 quilômetros de estradas na região de Comandatuba (BA), as versões topo de linha com motor 1.0 e câmbio manual de cinco marchas, e as com bloco 1.6 e transmissão manual de cinco velocidades e automática, de quatro. Todas deixaram boa impressão.

Com apenas três cilindros e bloco de alumínio, o Hyundai vem com motor que trabalha muito bem em baixas rotações - segundo a marca, 80% do torque máximo de 10,2 mkgf (etanol) está disponível já a 2.000 rpm, característica que garante arrancadas vigorosas e retomadas mais robustas. A 120 km/h, o conta-giros crava 4.100 rpm e o nível de ruído na cabine não incomoda. E com 80 cv de potência (etanol), o bloco mostra disposição para ganhar mais velocidade.

A transmissão também é digna de elogios. Os engates são curtos e precisos, lembrando, e muito, a transmissão consagrada da Volkswagen que equipa, entre outros modelos, o Gol. A suspensão merece uma ressalva. Apesar de absorver bem as imperfeições do asfalto, nas curvas ela revelou-se um pouco molenga, propiciando inclinação pouco desconfortável nas curvas - aumento da rigidez seria ideal.

A opção com motor 1.6 16V (128 cv e 16,5 mkgf, com etanol) - também com bloco de alumínio, só que com quatro cilindros - e transmissão manual mostrou o mesmo comportamento do 1.0 12V, no entanto (obviamente), com mais disposição. Acelerando a 120 km/h, o conta-giros falava baixo a 3.250 rpm. Apesar de contar com apenas quatro marchas, a caixa automática agradou. As trocas - sem opção de serem efetuadas manualmente de forma sequencial - são suaves, ideal para o trânsito do dia a dia. Porém, na estrada, acaba tirando um pouco do fôlego do HB20 nas ultrapassagens.

Internamente, o Hyundai tem muito a oferecer. Com 3,90 m de comprimento - 2,50 de distância entre os eixos -, o HB20 trata muito bem os ocupantes. Destaque positivo para os 300 litros de capacidade do porta-malas. Os ajustes de altura do banco (ligeiramente limitado) e as regulagens de altura e profundidade da coluna de direção ajudam encontrar a melhor posição ao volante rapidamente.

O acabamento também se coloca acima da média para o segmento. Os tecidos são de boa qualidade, assim como as peças plásticas, encaixadas de forma precisa umas às outras. O painel das portas dianteiras é revestido em tecido, as traseiras - estranhamente -, não. O painel de instrumentos tem grafismo moderno, com fácil leitura do velocímetro e conta-giros (analógicos), e das seis informações do computador de bordo (digital). O volante multifuncional, que dependendo da versão pode ser revestido com couro, tem boa pegada.




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