Ao contrário da década de 1980, o brasileiro cada vez mais aprecia os modelos com quatro portas. Hoje, essa configuração agrada tanto que chegou até mesmo ao mundo dos subcompactos premium. Pois é, estamos falando do Audi A1, que foi lançado aqui no primeiro semestre de 2011 e acabara de ganhar a opção Sportback, cujos preços partem de R$ 94,9 mil na versão Attraction.

Por fora, o modelo é praticamente o mesmo. Além das portas, claro, muda-se apenas a opção de cores do teto, que (ao contrário da configuração original) pode vir no mesmo tom do arco. No mais, é tudo igual: faróis bi-xenônio com luzes em LED, faróis e lanterna de neblina e rodas de 16 polegadas.

Já a configuração topo Ambition - parte de R$ 114,9 mil - segue a linha do A1 Sport (duas portas) com mudanças aerodinâmicas e rodas de 17 polegadas, cobertas por pneus 215/40.

Ao contrário da impressão causada à primeira vista (devido às portas mais curtas), o A1 Sportback segue com os mesmos 3,95 metros de comprimento. Já a largura e altura sofreram ligeiro aumento, esta última (de 1,41 centímetros para 1,42 cm) por causa da curvatura do teto, que precisou crescer para não comprometer o espaço para a cabeça dos passageiros do banco de trás. Para os ombros, folga extra de 1,3 centímetro. Ainda assim, na prática, o modelo é um pouco apertado para quem supera o 1,80 metro de altura.

Assim como no visual, o interior continua inalterado em relação ao (bom) acabamento e equipamentos de série. Desde a versão de entrada, o alemãozinho vem com ar-condicionado, volante multifuncional com regulagem de altura e profundidade, computador de bordo, assento do motorista regulável (por alavanca) em altura e Audi Music Interface com conectividade bluetooth e iPod.

Encarregados pela segurança - afinal, estamos falando de Audi - estão air bags frontais, laterais dianteiros e de cabeça (dianteiro e traseiro), sistema eletrônico de estabilização, bloqueio eletrônico do diferencial e assistente de partida em aclives - para evitar aquela famosa descidinha quando é necessário arrancar com o carro em subidas íngremes.

Entre os itens opcionais, estão o ar-condicionado automático, sensores de luz e chuva e teto solar elétrico, além do sistema de navegação com GPS e tecla para ligar o motor sem chave.

De acordo com Lothar Werninghaus, instrutor técnico da Audi Brasil, a marca acredita que o Sportback abocanhe 75% das vendas do A1 no País. "Dentro desse montante, acreditamos que a configuração Attraction seja responsável por dois terços das comercializações, pois mulheres e famílias com filhos costumam deixar a agressividade de lado."

Duas opções de motorização

Em relação à motorização, o modelo básico (no qual o Diário andou) vem com o bloco turbocharger com intercooler de 1,4 litro e 122 cv a 5.000 rpm. O torque de 20,4 mkgf já é disponível aos 1.500 rpm (vai até os 4.000 giros), carregando o carrinho sem a menor dificuldade pelo asfalto. São nove segundos para chegar aos 100 km/h e 203 km/h de velocidade máxima.

Durante o test drive de lançamento, pelas estradas de Itupeva (SP) e região, foi possível perceber que as respostas do câmbio automatizado S tronic de sete velocidades e dupla embreagem seguem a tradição da marca - quase imperceptíveis e sem perda notável de potência.

Mas é possível colocar um pouco mais de pimenta nessa relação, engatando a opção S (Sport) ou mesmo trocando as marchas através da alavanca de câmbio ou das borboletas na parte de trás do volante.

Em relação à estabilidade, o modelo não chega a fazer feio. Mas, claro, não é tão elogiável quanto os demais integrantes da família, que - além de mais pesados - contam com tração integral.

VERSÃO TOPO

Na configuração mais cara, Ambition, o A1 traz o mesmo motor 1.4, mas com sistema de superalimentação duplo, que utiliza um compressor Roots e um turbocompressor. O resultado disso? Mais torque em baixas rotações - são 25,5 mkgf entre 2.000 rpm e 4.500 giros. A potência crava em 185 cavalos, resultando num 0 a 100 km/h em sete segundos. A velocidade máxima chega aos 227 km/h.