Seja por meio do Grêmio Estudantil ou por representantes
de sala, alunos estão se organizando para melhorar colégio
A união faz a força, principalmente se for com o objetivo de conseguir melhorias! A afirmação é válida também na escola. Turma da EE Jardim Zaíra VI, em Mauá, aprendeu que organização aliada a boas ideias podem render frutos para todos. Em 2011, criaram Grêmio Estudantil - alunos escolhidos democraticamente para representar os interesses deles e dos colegas.
"No começo, a repercussão não foi positiva. Os próprios estudantes não entenderam a proposta. Achavam que era só para escolher a música que tocaria no recreio. Mas, com o tempo, perceberam a importância", conta Fabiano Felix, 17 anos, o primeiro presidente do Grêmio.
Logo organizaram campeonatos e ações solidárias, conseguiram reformas e instalação de câmeras de segurança, alimentaram a biblioteca, trouxeram novos cursos e criaram página da escola na web (www.ee-zairavi.blogspot.com).
"Está muito melhor agora", garante Michel Matteus, 16, o atual vice-presidente do Grêmio, que é dividido em várias funções. Diferentemente da primeira eleição, em que não houve número suficiente de interessados, a chapa do garoto ganhou a segunda com disputa acirradíssima. "Foi bom ter vencido, mas é grande a responsabilidade de representar 1.200 alunos. O trabalho não é fácil", acredita Matheus Henrique Silva, 15, o orador da turma. Para Thaynná Caroline, 14, 1ª tesoureira, sentir na pele a experiência deu nova visão das barreiras enfrentadas na política. "Tem sempre os que não concordam e criticam, por isso, é preciso estar bem preparado."
As coisas seriam ainda mais difíceis se a direção da escola não apoiasse a iniciativa. "Não é possível aprovar tudo o que pedem, mas hoje está mais organizado. A ajuda dos alunos é essencial", reforça a vice-diretora Angélica Rossato.
O IMPORTANTE É COMEÇAR
Sua escola também precisa de melhorias e novos projetos, mas não sabe como fazer? Boa saída é propor primeiro a eleição de um representante de sala, papel desempenhado por Thales Villela Medeiros, 14 anos, no Colégio Singular, em São Caetano. "Sempre gostei de ajudar os professores e achei que era boa oportunidade também de falar em nome dos alunos", conta o garoto, que acha que a função facilita a vida de todo mundo.
Para Manuela Braga, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, pequenos atos fazem a diferença na rotina escolar. "Por menor que seja a reivindicação é possível modificar o cotidiano dos alunos, pais, professores, direção e até da comunidade em torno do colégio. Por isso, é importante que os estudantes se organizem e façam boas propostas para serem ouvidos."
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