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Todos juntos pela escola

Seja por meio do Grêmio Estudantil ou por representantes
de sala, alunos estão se organizando para melhorar colégio

Por Marcela Munhoz
Do Diário do Grande ABC
16/09/2012 | 07:00
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Nario Barbosa

A união faz a força, principalmente se for com o objetivo de conseguir melhorias! A afirmação é válida também na escola. Turma da EE Jardim Zaíra VI, em Mauá, aprendeu que organização aliada a boas ideias podem render frutos para todos. Em 2011, criaram Grêmio Estudantil - alunos escolhidos democraticamente para representar os interesses deles e dos colegas.

"No começo, a repercussão não foi positiva. Os próprios estudantes não entenderam a proposta. Achavam que era só para escolher a música que tocaria no recreio. Mas, com o tempo, perceberam a importância", conta Fabiano Felix, 17 anos, o primeiro presidente do Grêmio.

Logo organizaram campeonatos e ações solidárias, conseguiram reformas e instalação de câmeras de segurança, alimentaram a biblioteca, trouxeram novos cursos e criaram página da escola na web (www.ee-zairavi.blogspot.com).

"Está muito melhor agora", garante Michel Matteus, 16, o atual vice-presidente do Grêmio, que é dividido em várias funções. Diferentemente da primeira eleição, em que não houve número suficiente de interessados, a chapa do garoto ganhou a segunda com disputa acirradíssima. "Foi bom ter vencido, mas é grande a responsabilidade de representar 1.200 alunos. O trabalho não é fácil", acredita Matheus Henrique Silva, 15, o orador da turma. Para Thaynná Caroline, 14, 1ª tesoureira, sentir na pele a experiência deu nova visão das barreiras enfrentadas na política. "Tem sempre os que não concordam e criticam, por isso, é preciso estar bem preparado."

As coisas seriam ainda mais difíceis se a direção da escola não apoiasse a iniciativa. "Não é possível aprovar tudo o que pedem, mas hoje está mais organizado. A ajuda dos alunos é essencial", reforça a vice-diretora Angélica Rossato.

 

O IMPORTANTE É COMEÇAR

Sua escola também precisa de melhorias e novos projetos, mas não sabe como fazer? Boa saída é propor primeiro a eleição de um representante de sala, papel desempenhado por Thales Villela Medeiros, 14 anos, no Colégio Singular, em São Caetano. "Sempre gostei de ajudar os professores e achei que era boa oportunidade também de falar em nome dos alunos", conta o garoto, que acha que a função facilita a vida de todo mundo.

Para Manuela Braga, presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, pequenos atos fazem a diferença na rotina escolar. "Por menor que seja a reivindicação é possível modificar o cotidiano dos alunos, pais, professores, direção e até da comunidade em torno do colégio. Por isso, é importante que os estudantes se organizem e façam boas propostas para serem ouvidos."




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