O Viaduto Moysés Cheid, no km 22,5 da Via Anchieta, em São Bernardo, foi aberto ao tráfego de veículos na manhã de ontem, após 36 anos do abandono da obra. O trecho, que dá acesso à pista Litoral/planalto e à Avenida João Café Filho, traz benefícios aos moradores do entorno, seja por dar outra opção além do Viaduto Padre Fiorente Elena, no km 23, ou por oferecer passarela para pedestres.
Moradora do bairro dos Casa há 40 anos, a artesã Dalvenar Coelho Barra, 59 anos, destaca que o elevado será alternativa mais segura para chegar em casa depois do trabalho, na região central. "Provavelmente usarei todos os dias."
Outro que comemora a possibilidade de atravessar a pé a rodovia em segurança é o aposentado Juan Lozano, 60. O morador do Parque Espacial destaca que a população costumava se arriscar pelo canteiro do elevado do km 23 para chegar ao Terminal Ferrazópolis.
Com a entrega do viaduto, o principal objetivo da administração é desafogar o trevo do km 23. Para isso, o cruzamento em nível para quem trafega pelo Viaduto Padre Fiorente Elena com destino à Avenida Capitão Casa será fechado no dia 22. Haverá readequação do espaço após conclusão das obras da Sabesp no local.
Para se dirigir até a Avenida Capitão Casa será necessário acessar a Via Anchieta sentido São Paulo e, em seguida, a alça do viaduto do km 22,5 (veja quadro abaixo). A justificativa da Prefeitura é que o cruzando com tráfego intenso de saída da rodovia no km 23 favorece acidentes.
ATRASO
O Viaduto Moysés Cheid foi abandonado na década de 1970, após a Prefeitura e a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA) assinarem acordo para execução da obra. Desde então, oito comandantes diferentes passaram por São Bernardo, divididos em dez mandatos.
O projeto só foi retomado em julho de 2011 como parte de pacote de 19 intervenções. A conclusão do viaduto custou R$ 12,8 milhões.
A estimativa é concluir a segunda etapa da obra em duas semanas, com continuidade da ciclovia da Avenida João Café Filho, criação de retorno por baixo do viaduto no sentido bairro e eliminação do cruzamento entre a Café Filho e a Rua Comendador Alípio Pedro Roquetti.
A previsão era que a inauguração fosse feita em março, quando a entrega foi adiada para agosto. A justificativa da Prefeitura foi que o mau tempo e problemas com intervenções da AES Eletropaulo e da Comgás atrapalharam os serviços. O viaduto foi tema de impasse entre administração e AES Eletropaulo, tendo em vista a necessidade de deslocamento de três postes.
A administração havia garantido que a obra seria inaugurada até 31 de agosto, o que não ocorreu.
Cidade ganha ciclofaixa de lazer no dia 30
São Bernardo implementará, a partir do dia 30, ciclofaixa de lazer nas avenidas Aldino Pinotti e Lauro Gomes. O trecho de aproximadamente cinco quilômetros funcionará em período de teste e pode ser estendido futuramente para a Avenida Kennedy, segundo o secretário de transportes, Oscar Silveira Campos.
A ciclofaixa de lazer funciona exclusivamente aos domingos, diferentemente das ciclovias, que são localizadas na lateral direita da pista convencional para veículos automotores e que podem ser utilizadas pelos ciclistas durante toda a semana.
Na região, Diadema tem ciclofaixa de lazer - 2,5 quilômetros de extensão - e tem planos de estender o percurso, que atende moradores dos bairros Campanário e Taboão, para as regiões central, Leste e Sul. São Caetano oferece faixa para o tráfego recreativo, na Avenida Tijucussu.
Os ciclistas do Grande ABC contam com cerca de 25 quilômetros de vias destinados exclusivamente às magrelas. As ciclovias estão em maior quantidade em Mauá, nos bairros Jardim Camila, Zaíra, Cerqueira Leite e Sertãozinho.
Em seguida, São Bernardo apresenta 3,2 quilômetros de vias exclusivas, sendo que a maior delas foi inaugurada em junho, na Avenida João Firmino. Também há pistas nas praças dos Coleirinhas e na Juliano Versolato.
Em São Caetano, a única ciclovia existente tem dois quilômetros e fica na Avenida Presidente Kennedy. Já Santo André possui os equipamentos no Viaduto Cassaquera e na Avenida Valdemar Mattei, além de 4,1 quilômetros no interior dos parques Central e Pedroso.
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