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Fortalezas viram patrimônio
Eliane de Souza
Do Diário do Grande ABC
13/09/2012 | 07:27
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Divulgação


Além de Lisboa, Porto, Algarve, Sintra e Cascais, é possível incluir mais uma cidade no roteiro de uma viagem a Portugal. Recentemente, Elvas, no Alentejo, foi congratulada com o título de Patrimônio Mundial da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), por seus conjuntos de fortificações datados dos séculos 17 a 19. Um dos fatores considerados relevantes para a eleição foram os trabalhos de requalificação, preservação, reutilização e revitalização promovidos pelo município há 19 anos.

Elvas passa agora a integrar definitivamente o rol de monumentos históricos importantes para a formação política, geográfica e social da humanidade. O acesso à cidade é fácil: fica a apenas duas horas e meia de Lisboa, em trajeto que pode ser feito de carro ou de ônibus.

Entre os monumentos reconhecidos estão edificações do século 17, como as Muralhas Seiscentistas de Elvas, o Aqueduto de Amoreira e o Forte de Santa Luzia. O Forte de Nossa Senhora da Graça, em formato de estrela, data do século 18, e também faz parte da lista, além dos fortins de Santo Domingo, São Pedro e de São Mamede (século 19) e o centro histórico da antiga praça.

Elvas foi disputada pelos árabes e cartaginenses até 1229, quando foi definitivamente reconquistada por D. Sancho II. Com saída para o Oceano Atlântico e fronteira ao Leste com a Espanha, suas fortificações terrestres, em formato de estrela, com impressionante extensão de até dez quilômetros, remetem ao cenário das grandes batalhas bárbaras de produções cinematográficas./CPCPCL

 

Passado de vocação militar

Todo lugar por onde se anda em Elvas deixa evidente a presença da cultura militar. O símbolo mais contundente deste período é o do Forte de Nossa Senhora da Graça. Posicionado a um quilômetro do centro, sobre o Monte da Graça, o forte abrange uma capela e a Casa do Governador, elevadas em torre central acabada por jogos de linhas volumosas e cômodos internos espaçosos, cercados por muralhas dispostas em formato quadrangular e adornadas por baluartes pentagonais nos vértices.

O Forte de Nossa Senhora da Graça foi o principal ponto de apoio das tropas portuguesas durante a Guerra da Restauração contra os espanhóis, em 1658 e 1659, e durante as invasões francesas, entre 1810 e 1812, cuja base do exército contou ainda com o Forte de Santa Luzia, construído no século 17 (atual sede do Museu Militar de Elvas).

Próximo à região central da cidade também está o Aqueduto da Amoreira: contraforte de pedra, com 31 metros de altura e cerca de oito quilômetros de extensão, elevado entre 1498 e 1622 para conduzir água até Elvas.

 




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