Esportes Titulo Série B
Fator casa é pedra no sapato do Azulão
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
23/11/2011 | 07:17
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Diante do Criciúma, sábado (17h), o São Caetano terá de lidar com adversário invisível e velho conhecido da torcida para escapar do rebaixamento: o baixo rendimento dentro de casa. Na atual edição da Série B do Brasileiro, dos 18 jogos disputados como mandante (54 pontos), o time venceu seis (18 pontos), empatou nove e perdeu três. Ou seja, teve aproveitamento de apenas 33,3%.

O desempenho é quase parecido com o de visitante. Longe do Estádio Anacleto Campanella, venceu cinco das 19 partidas, empatou seis e perdeu oito.

A campanha irregular da equipe em seus domínios não vem de hoje. Em anos anteriores, também teve dificuldades para se impor aos adversários, o que fatalmente resultou na queda de treinadores. Oswaldo Alvarez, o Vadão, foi o último a passar por tal situação. Caiu neste ano após a derrota para o Bragantino (2 a 0), na 22ª rodada.

O lateral-esquerdo Bruno Recife, que defende o clube desde 2008, concorda que nos últimos anos a equipe tem tido dificuldades como mandante. "Desde que estou aqui, o São Caetano sempre montou times bastante ofensivos. Não dá para dizer ao certo, mas acho que é porque os adversários tiram proveito disso. Se fecham muito e criam complicações. Infelizmente, às vezes queremos partir com tudo para reverter e acabamos levando o segundo. Aí fica difícil reagir", disse.

Na avaliação do jogador, o fato de o Azulão ter poucos torcedores também pode explicar o baixo rendimento no Anacleto. "Torcida ajuda, sim, a empurrar o time. Tem de estar junto e apoiar nos momentos em que passamos por dificuldades nas partidas também. Não adianta vir só para xingar. A torcida tem de ser participativa. É gostoso jogar com casa cheia."

Para Bruno Recife, o apoio do torcedor no confronto com o Criciúma será mais do que nunca imprescindível. Afinal, a equipe precisa da vitória ou mesmo de um empate, desde que o Icasa também empate ou perca para a Portuguesa.

"Seria muito bom se a torcida lotasse o Anacleto para nos ajudar. Sabemos que sãos os jogadores que ajudam a levar torcida aos estádios quando fazem bons jogos. Mas seria importante nos apoiarem, porque afinal é o último jogo do campeonato. Não tem mais como recuperar. É uma decisão para a gente", destacou ele.

O lateral-esquerdo não acredita que o jogo será menos dramático porque o Criciúma já não tem mais pretensões no campeonato. "Ao contrário. Eles têm boa equipe e vão querer honrar a camisa. O Márcio (CF51Goiano/CF) pode decidir colocar alguns reservas para analisá-los para a próxima temporada e os caras vão dar a vida. Temos de pensar só na gente e buscar a vitória o tempo todo para não dependermos de ninguém. É um duelo para a gente dar carrinho até de cabeça", brincou. A equipe não terá Revson, suspenso.




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