De acordo com estudo da CNI, excesso de
obrigações legais eleva custos e atrasa investimentos
O excesso de burocracia prejudica a competitividade de 92% das indústrias brasileiras, eleva os seus custos, desvia recursos das atividades produtivas e atrapalha os investimentos. E, para 52% dos empresários brasileiros, o impacto desses percalços na empresa é alto.
Isso é o que aponta a Sondagem Especial Burocracia, realizada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). A pesquisa ouviu 2.388 empresas em todo País, sendo 1.835 da indústria de transformação, 116 da extrativa e 437 da construção.
No geral, os empresários dos três setores relatam que enfrentam uma série de problemas no cumprimento das obrigações legais. Entre as dificuldades, destacam-se o número excessivo dessas determinações (85%), a complexidade delas (56%) e a alta frequência das mudanças que as envolvem (41%).
Entre os principais impactos da burocracia nas companhias estão a elevação dos custos de gerenciamento dos trabalhadores (58%), o aumento do uso de recursos em atividades não ligadas diretamente à produção (57%) e o atraso na realização dos investimentos (40%).
Outro percalço citado pelos industriais é que os procedimentos excessivamente burocráticos complicam a obtenção de licenças e alvarás. Para 76% é alto o grau de formalidade na emissão de certificados e licenças ambientais. Só 7% dizem que a burocracia é baixa na legislação ambiental. Na avaliação de 70%, a burocracia é alta na legislação trabalhista e 66% dizem o mesmo sobre a emissão de certificados e licenças sanitárias.
Além disso, quanto maior a empresa, maior é a percepção de que os processos burocráticos atrapalham a competitividade dos negócios.
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