Ao anunciar, na terça-feira, 04, o melhor mês de vendas de veículos leves da história do setor automotivo brasileiro, Meneghetti lembrou das dificuldades do mercado de usados e afirmou que o segmento já demitiu ao menos 30 mil pessoas neste ano. "Até um mês atrás foram fechadas 5 mil empresas do mercado secundário de automóveis. Isso significa uma média de quatro pessoas demitidas por loja, o que resulta em algo entre 30 mil e 40 mil postos de trabalho no segmento de usados que desapareceram."
O presidente da Associação dos Revendedores de Veículos Automotores no Estado de São Paulo (Assovesp) e do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos Usados no Estado de São Paulo (Sindiauto), George Assad Chahade, disse que a euforia para a compra do carro novo levou a uma aprovação exagerada de financiamentos e, consequentemente, a um aumento da inadimplência em 2011 e 2012. "Os bancos, então, passaram a exigir mais do cliente, como uma entrada maior e mais garantia de renda", afirma. "A procura pelo usado nem caiu tanto, o que ficou mais restrito foi a condição para que o consumidor faça parte desse mercado." Segundo ele, o ano deve terminar com redução de 15% nas vendas de veículos usados.
Apesar do cenário incerto, Cleide Cossi, da Marte Veículos, não perde o otimismo. Ela acredita que o momento é "desafiante", mas aposta em uma continuidade do aumento da renda da população brasileira nos próximos anos e que o País vai retomar o caminho do crescimento. "Com trabalho sério e bem feito de quem é desse segmento, eu acredito que o mercado de usados será crescente", afirma.
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