Eles são boas opções para aqueles que dirigem sozinhos ou com apenas um passageiro no trânsito urbano, mas que gostam de ter um carro com visual diferenciado e com bom nível de equipamentos.

Um é o pequeno e charmoso Fiat 500 que, agora vindo do México, tem preço bem mais atraente, custando a partir de R$ 39.990 na versão Cult, com motor 1.4 8V Flex. O outro é o conhecido Ford Ka, mas com roupagem mais chamativa na versão Sport, que tem sob o capô o eficiente motor Zetec Rocam 1.6 Flex, que sai por R$ 35,9 mil.

Mas se as semelhanças estão no fato de serem compactos de duas portas com preços próximos e aparência marcante, as diferenças começam pelas dimensões: o Ka tem 29 centímetros a mais de comprimento e é 15 centímetros maior na distância entre os eixos, o que garante espaço interno um pouco mais generoso para os ocupantes do banco traseiro e para a bagagem: o Ford carrega 78 litros a mais no porta-malas.

Visto de fora, o design do modelo mexicano de sangue italiano é mais simpático, enquanto o brasileiro remete à esportividade, como sugere a versão.

Do lado de dentro, o 500 denota mais cuidado no acabamento, com materiais de boa qualidade e encaixes perfeitos. Suas linhas também são mais atraentes e harmoniosas e agrada muito a posição elevada do câmbio manual. O Ka tem aspecto mais simples e usa materiais menos sofisticados.

A ergonomia e posição de dirigir agradam mais no Fiat. A estabilidade é boa em ambos, mas o Ka tem suspensão um pouco dura, que às vezes chega a incomodar, principalmente ao trafegar por valetas ou lombadas, já que absorve menos os impactos que a suspensão do 500, que oferece mais conforto aos ocupantes.

O motor 1.6 8V Zetec Rocam do Ka é mais potente. Gera 107,3 cv a 5.500 rpm quando o modelo é abastecido com etanol, enquanto o 1.4 8V do 500 entrega 88 cv a 5.750 giros com o mesmo combustível. No entanto, o torque de 12,5 mkgf do Fiat é entregue em rotação mais baixa (3.500 rpm) que o rival - 15,3 mkgf a 4.250 giros - quando abastecidos com o combustível de origem vegetal. Na prática, o Ka é, sim, mais rápido nas saídas e retomadas, mas o 500 não decepciona, garantindo bom desempenho no trânsito das grandes cidades.

Um recurso interessante oferecido no pequeno mexicano é o hill holder, dispositivo que permite que o carrinho não desça ao arrancar em uma ladeira. Isso é possível porque a pressão no circuito de freio é mantida por alguns segundos após o motorista liberar o pedal de freio.

Por falar em equipamentos, o 500 vem mais recheado de fábrica. Nessa versão, conta com direção elétrica, duplo air bag, freios com ABS e distribuição eletrônica de frenagem, programa eletrônico de estabilidade, sinalização de frenagem de emergência, ar-condicionado, computador de bordo, CD player com MP3 e seis alto-falantes, além de chave canivete com telecomando.

O Ka, por sua vez, tem ar-condicionado, direção hidráulica, faróis de neblina, travas e vidros elétricos, além de CD player com MP3. Ambos têm rodas de liga de 15 polegadas.

VEREDICTO

O pequeno mexicano leva a melhor diante do Ka por ter acabamento mais refinado, rodar suave e lista de equipamentos mais generosa. O Ka tem como destaque o desempenho, por ser mais ágil no trânsito, e ainda oferece mais espaço interno.