O Santo André recebeu o Brasiliense na tarde deste sábado no Estádio Bruno Daniel e, apático, foi goleado por 3 a 0 - gols de Rafael Ipuã, Baiano e Jorge Henrique, todos eles até os 25 minutos do primeiro tempo - entrou na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro da Série C e, por consequência, o técnico Claudemir Peixoto colocou o cargo à disposição. Após reunião, a diretoria ramalhina acatou e o treinador não comanda mais o time.

"Tomamos três gols em seguida por bobeiras nossas e nos desestruturaram. Fiquei chateado, porque trabalhamos no dia a dia a marcação, cobramos essa parte e toma um gol dentro da área da forma como foi", justificou Peixoto, que dos últimos 12 pontos que disputou no Ramalhão, venceu apenas um e tal desempenho lhe custou o cargo. "Futebol é assim. Quem sabe chega uma pessoa que dá mais ânimo", completou o treinador que ainda tratou de esclarecer: não houve interferência da diretoria em seu trabalho. "Não teve isso. Trabalhamos da forma como achávamos melhor, mas futebol vive de resultado."

Contratado após conquistar o vice-campeonato do Paulista da Série A-2 no União Barbarense, Claudemir Peixoto deixa o clube após duas vitórias, seis empates e três derrotas. O desempenho até poderia ser considerado regular caso os três reveses não tivessem sido praticamente seguidos.

De acordo com o diretor de futebol Sérgio do Prado, a saída de Peixoto é uma clara tentativa de agregar algo diferente ao Ramalhão, para se recuperar na Série C e fugir o quanto antes da zona de rebaixamento. "Conversamos que algo deveria mudar, porque situação é preocupante, afinal hoje entramos no rebaixamento. Tinha que tomar uma atitude e fizemos em conjunto com o treinador", afirmou o dirigente.

Sem citar nomes de possíveis substitutos, Sérgio do Prado tratou de frisar que por ora o Santo André tem um comandante. "Hoje o Alan (Dotti, ex-auxiliar) é o treinador interino. Nada de loucuras ou perder o equilíbrio, porém triste e descontente", concluiu.