Das peculiaridades da campanha em Rio Grande da Serra, uma se destaca: os nomes dos candidatos. De Internet a Geladeira, cada apelido guarda uma curiosidade sobre a história dos homens que desejam representar os 45.014 habitantes do município.

No caso de Gabriel Maranhão (PSDB), a alcunha remete à sua mãe, que nasceu no Estado nordestino. "Recebi o apelido durante a infância. Nasci em São Paulo, mas morei no Maranhão até os 15 anos de idade", explicou o candidato, que chegou em Rio Grande em 1991. Três anos depois ele se mudou para Capital para cursar Engenharia Civil e só voltou para o Grande ABC em 2007.

O principal adversário do tucano na disputa, Claudinho da Geladeira (PT), foi apelidado por uma das clientes que receberam seus serviços de pintor de refrigerador, que começou a exercer com 12 anos.

A curiosidade fez com que o pernambucano se aventurasse pela mecânica do eletrodoméstico. Com 13 anos, seu pai alugou espaço para que Claudinho abrisse a primeira oficina de geladeira da cidade. A profissão foi desempenhada até 2000, quando se interessou pela política e foi eleito para o primeiro dos três mandatos de vereador.

Claudinho também tinha capacidade para reparar câmaras frias, como as que refrigeravam os produtos do comércio do prefeiturável indeferido Nilson do Mercado (PCdoB).

Ele colocou os filhos para trabalhar ainda jovens. Com 8 anos, seu herdeiro homônimo já ajudava nos afazeres do estabelecimento. Aos 12, Nilson do Mercado Filho (PCdoB) era promovido a gerente do comércio. Acabou por substituir o pai tanto nos negócios como na política, ocupanado cargo de prefeiturável comunista.

Quem também possui negócio próprio é o prefeiturável Luiz Internet (PSDC). Sua "microempresa de telecomunicação", como gosta de dizer, realiza trabalhos de implementação de redes de internet em computadores caseiros e empresariais. O apelido faz menção à loja e à profissão do técnico em informática. E prova que se criatividade vencesse eleição, a disputa em Rio Grande seria páreo duro.