Automóveis Titulo Impressões ao dirigir
Integrante da alta roda
Vagner Aquino
Do Diário do Grande ABC
23/11/2011 | 07:01
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Fernando Nonato/DGABC


A associação entre carros da Mercedes-Benz e luxo é praticamente imediata. Mesmo quando se trata de um veículo robusto, imponente e com cara de malvado, como é o caso do ML 350 CDI avaliado pelo Diário.

Muitas são as opções de utilitários hoje em dia no mercado brasileiro, e o consumidor pode comprar desde um Renault Duster, ou um Ford EcoSport (por pouco menos de R$ 60 mil), até os luxuosos Range Rover Sport, por exemplo, que ultrapassam os R$ 420 mil - no caso da versão 4.4 TDV8 Vogue.

Na mesma linha dos (também) alemães, Audi Q7 3.0 TFSI (R$ 278 mil), BMW X5 35i (R$ 299.550) e Porsche Cayenne V6 (R$ 319 mil), o Mercedes-Benz que você vê nesta página não sai por menos de R$ 251,5 mil. Mas vale a pena pagar esse montante para ter um carro na garagem? Sim, se você procura aliar imponência e conforto num único veículo.

Vamos começar falando do motor 3.0 V6 movido a diesel de 231 cv (a 3.800 rpm) que leva o monstrão da inércia aos 100 km/h em nada menos que 7,6 segundos. Bom para um carro que supera as duas toneladas - seu peso exato é 2.185 quilos.

Mas não pense que, por isso, o modelo tem aquele aspecto molão... Pelo contrário. Com torque de 55,04 mkgf entre 1.600 e 2.400 giros, o veículo agrada já no primeiro momento. As respostas são rápidas quando se aciona o pedal do acelerador. A velocidade máxima divulgada pela montadora da estrela de três pontas é de 220 km/h, mas, obviamente, não chegamos nem perto disso durante a semana de avaliação, pois a proposta aqui não é extrair toda a cavalaria do bloco, mas saber o que o modelo oferece ao seleto consumidor.

A bordo, o silêncio é digno de qualquer sedã de luxo. Mas dirigí-lo por aí exige certa dose de malícia. Infelizmente, as faixas de rolamento de muitas avenidas não têm espaço suficiente para abrigar o grandalhão de 2,17 metros de largura - o comprimento é de 4,78 metros.

Mas, apesar do incômodo de transitar entre carros, caminhões e ônibus que circulam pelas principais vias de São Paulo e região, tais dimensões refletem no espaço interno, que acomoda bem os cinco ocupantes.

Sim, há um ponto a criticar. Quando se entra num Mercedes-Benz, espera-se dose maior de luxo. A visão do painel é, no mínimo, desanimadora. O quadro de instrumentos traz certo provincianismo no visual, onde a tela central (que divide o velocímetro e o conta-giros) aposta na básica iluminação em tom branco. Salvo a estrela no centro do volante (multifuncional), quando o motorista olha para frente, é simplicidade só. Sem contar as alavancas, que estão por todos os lados da coluna de direção. Como a do câmbio - exatamente, como naqueles carros antigões que tinham banco dianteiro inteiriço. Mesmo mais distantes do volante, transmissões acopladas ao console central conferem mais ergonomia a qualquer veículo e, principalmente, não permitem ser confundidas com a alavanca das setas.

No visual, mesmo exalando imponência e chamando a atenção dos curiosos, a carroceria já mostra design um pouco cansativo. Vale lembrar que a nova (e terceira) geração foi apresentada no Salão de Frankfurt, em setembro, e, de acordo com a montadora, deverá dar as caras por aqui em meados do próximo ano.

 

Lista tem itens especiais para o off-road

Se a modernidade do interior não chega a empolgar, é na funcionalidade que o ML 350 diz a que veio.

A lista de equipamentos da versão CDI é bastante vasta e conta com mimos como o comando elétrico da coluna de direção, teto solar e bancos dianteiros esportivos (estes, também com memória).

Para se adequar à legislação brasileira e conseguir homologação para a utilização do motor a diesel, um dos quesitos é trazer tração integral. No ML 350 CDI, é permanente e batizada de 4Matic.

Por falar em 4x4, o uso fora de estrada não é problema para o veículo. O motorista conta com o auxílio da programação eletrônica para condução off-road, que engloba freios ABS especiais para trechos fora do asfalto e controles de estabilidade, tração e velocidade em rampas.

Como já esperado num carro que supera os R$ 250 mil, o sistema de entretenimento traz conectividade bluetooth para telefone celular. Há air bags frontais (dois estágios), laterais dianteiros, traseiros e windowbags.

 

 




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