Economia Titulo Campanha salarial
Correios melhoram proposta e oferecem reajuste de 5,2%
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
06/09/2012 | 07:16
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Mesmo elevando a proposta de aumento de 3% para 5,2%, a campanha salarial dos funcionários dos Correios não chegou ao fim. Ontem, durante a rodada de negociação, a ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) apresentou a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares) e aos sindicatos unificados a proposta de reajustar os salários dos trabalhadores, com índice para cobrir a inflação do período. No entanto, o percentual é inferior ao que a categoria pleiteia (43,7% nos salários, somadas as perdas salariais desde 1994, o índice de inflação do País e aumento real de 10%).

Segundo o secretário geral da federação, Edson Dorta Silva, a proposta precisa passar pela aprovação dos trabalhadores. "Vamos realizar assembleia na segunda-feira, às 19h. A categoria é quem decide."

Mesmo com proposta melhor, Silva acredita que com este percentual haverá indicativo de mobilização. "Se os funcionários aprovarem, iremos decretar greve a partir da 0h do dia 11", completa.

Com o reajuste apresentado pela estatal, o salário base inicial de R$ 942,75 passaria a ser de R$ 991,77; o vale-alimentação de R$ 675 para R$ 710,10; o vale cesta básica de R$ 140 para R$ 147,28 e o reembolso creche de R$ 384,95 para R$ 404,97.

Segundo a companhia, os sindicatos informaram datas distintas em relação às assembleias que avaliarão a proposta. Dezesseis sindicatos farão na segunda-feira (10), cinco, na terça-feira (11) e outros 14 farão no dia 25. A ECT informa ainda que, mesmo acreditando em fechamento de acordo coletivo, já está adotando as medidas necessárias para manter a distribuição de cartas e encomendas no caso de eventual greve.

Silva conta que a concentração dos trabalhadores na segunda-feira será realizada em frente ao Clube Transmontano (Rua Tabatinguera, 294 - centro de São Paulo), próximo a Praça da Sé.

Com data base em 1º de agosto, a categoria é formada por 120 mil trabalhadores. Desse total, 1.400 estão empregados nas unidades do Grande ABC.

RELEMBRANDO - No ano passado, a negociação não foi nada fácil. Os funcionários permaneceram 28 dias parados. A greve só chegou ao fim depois do acordo fechado no TST (Tribunal Superior do Trabalho). Na ocasião, houve acórdão de reajuste salarial de 6,87% e aumento linear de R$ 80.

 

 




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