Trabalhadores da fábrica da Mercedes-Benz, de São Bernardo, estão apreensivos em relação à possibilidade de demissões em massa na empresa. A companhia, hoje com 12 mil funcionários, vem em negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que busca, em conversas com a empresa, alternativas para evitar os cortes. Uma das propostas colocadas na mesa, mas que não foi adiante, foi deixar para conceder o reajuste salarial deste ano (a data-base é 1º de setembro) só no início de 2013.

A possibilidade de cortes existe, em razão da fraca demanda por caminhões, o que gerou excedente de mão de obra na planta fabril da região. No acumulado de janeiro a agosto, há retração de 20% nas vendas do setor nacional na comparação com igual período de 2012.

Com os números tão negativos do mercado, a companhia colocou em abril 1.500 funcionários em layoff - suspensão temporária do contrato de trabalho, em que, nesse caso, os profissionais ficam em casa por cinco meses, recebendo cursos do Senai com parte do salário pago pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) e o restante complementado pela montadora.