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Pelo menos 46% não têm marca favorita

Pesquisa do Data Popular aponta as preferências
de consumo da classe C; Nestlé lidera

Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
06/09/2012 | 07:13
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Quase a metade dos consumidores da classe C não tem preferência por nenhuma marca. De acordo com pesquisa realizada pelo instituto Data Popular, 46% dos entrevistados declararam não ter predileção.

O Data Popular considera integrantes da chamada nova classe média quem tem renda mensal entre R$ 291 e R$ 1.019. Pertencem a essa esfera 53,9% da população brasileira ou 104 milhões de pessoas. Em 2004, eram 42,4% da população e, em 2014, deverão ser 58,3%.

"Muitos dos consumidores da classe C ainda não conseguiram se identificar com a mensagem que vem enraizada nos produtos. Eles não se reconhecem ali", explica o sócio-diretor do Data Popular, Renato Meirelles.

Considerando que 84% disseram ser fiéis às fabricantes, existe forte potencial que não está sendo devidamente aproveitado, destaca Meirelles. "É um grande mercado que está à deriva."

Para o diretor do instituto, as companhias precisam entender que a classe C "deixou de ser um nicho de mercado para ser o próprio mercado". "Quem deseja ser líder em seus negócios hoje, obrigatoriamente, tem que ser líder na nova classe média brasileira. Nossa pesquisa mostra claramente este abismo que ainda existe na comunicação com esse público."

PREFERIDAS - A marca preferida do consumidor da classe C é a Nestlé, segundo a pesquisa, em que 4,1% dos entrevistados mencionaram a indústria alimentícia. A segunda mais lembrada foi a Samsung, com 3,9%, e, no terceiro lugar, empataram Adidas e Nike, com 3,7%. O estudo Top of C levou em conta a opinião de 22 mil pessoas em 153 cidades em todo o País.

Entre os homens, as marcas mais citadas foram Adidas (5,8%), Nike (5,1%) e Samsung (4,9%). Para as mulheres, as prediletas são Nestlé (6,3%), O Boticário (4,2%) e Hering (3,1%). Os jovens preferem Nike (5,2%), Samsung (3,6%) e Apple (3,2%). Os maduros, Nestlé (4,9%), Sony (4,2%) e Samsung (3,8%).

CATEGORIAS - Considerando as marcas de carro "do coração" da nova classe média brasileira, lideram Fiat (21,2%), Volkswagen (18,8%) e Chevrolet (15,7%). Neste ano, o Data Popular estima que esse público vai gastar R$ 56 milhões com o veículo próprio.

Quando o assunto é alimentação no lar, as mais queridas são Nestlé (32,3%), Sadia (27,2%) e Perdigão (3,9%). Deve ser investido na compra de alimentos neste ano a cifra de R$ 127,1 bilhões.

Entre as fabricantes de itens de higiene pessoal, as mais lembradas foram Dove (14,5%), Colgate (11,4%) e Johnson's (8,2%). Dentre as de cosméticos, destacaram-se Natura (35,1%), O Boticário (18,9%) e Avon (18,5%). O potencial de gastos nas duas categorias juntas é de cerca de R$ 25,5 bilhões.

Dentre as marcas de roupas, as preferidas são Hering (12%), Adidas (3,2%) e Colcci (3,2%). Quando se trata de loja de departamento, foram citadas C&A (15,4%), Renner (13,2%) e Riachuelo (10,4%). A nova classe média deve desembolsar R$ 37,2 bilhões com vestuário.

Em se tratando de bancos, os que estão no "coração" dos entrevistados são Banco do Brasil (25,8%), Itaú (23,9%) e Caixa Econômica Federal (18,8%).

A TIM foi a mais citada entre as operadoras de telefonia móvel (29,3%), seguida por Vivo (28,8%) e Oi (19,8%).

 

Consumidores têm à disposição 42 categorias de produtos

Os consumidores da nova classe média têm à disposição, atualmente, 42 categorias diferentes de produtos. Em 2011, para se ter ideia, havia 27 tipos de itens para compor o carrinho de compras da classe C. Em 12 anos, essa diversidade foi agregada em 15 segmentos.

Maior variedade, no entanto, ganharam as classes D e E, que à época tinha apenas 19 opções e, hoje, têm 40. O Data Popular considera que integram essa esfera as pessoas que ganham menos do que R$ 291 por mês. A alta renda, composta por quem recebe acima de R$ 1.019, possui 44 categorias de produtos, enquanto que em 2001 eram 35.

MAIS IMPORTANTE - Para a população de classe média, as marcas mais importantes são as relacionadas à alimentação, seguidas pelas de computadores, automóveis, eletrônicos e celulares.

No ano passado, as famílias da classe C desembolsaram R$ 1,03 trilhão, o que corresponde a 44,3% dos gastos de todos os brasileiros. Alta renda investiu 39,9% do total e a baixa renda, 15,8%.

 

 




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