Diante de quase 3.000 militantes, entre eles a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), Donisete Braga (PT) lançou ontem o seu programa de governo. No ato, os petistas pregaram a comparação dos governos Oswaldo Dias (PT) com os anteriores.

Miriam se disse satisfeita por "deixar claro o apoio da presidenta Dilma (Rousseff) a Donisete". Ao fazer referência às candidaturas do PT no Grande ABC, afirmou que quem se eleger terá "oportunidade enorme" de acessar os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), o carro-chefe de seu ministério. "Bons projetos garantem recursos do PAC aos municípios. E tenho certeza que o Donisete não perderá nenhuma oportunidade de trazer investimentos a Mauá."

Simbolicamente, o prefeiturável chamou seu pai, Gildásio, ao palanque para entregar o plano de governo. "Miriam, você não acha importante que os filhos sigam os ensinamentos dos pais?", questionou. "Com certeza", respondeu a ministra. Mesmo sem citar nomes, a fala do candidato soou como alfinetada em Vanessa Damo (PMDB), filha do ex-prefeito Leonel Damo, que deixou o Paço em baixa em 2008.

O tom comparativo seguiu na explanação do prefeito em exercício, Paulo Eugenio Pereira Júnior (PT). "Mesmo com todas as dificuldades, nosso governo é melhor que o do Leonel Damo. Agora ele apresenta a sua filha, como se a sua administração não tivesse sido desastrosa para Mauá."

O programa de governo de Donisete foi formulado a partir de seis eixos, que, somados, concentram 223 propostas. Entre os itens estão entregar remédios em casa; regionalizar o Hospital de Clínicas Doutor Radamés Nardini; viabilizar a chegada da Universidade Federal do ABC; oferecer transporte escolar gratuito; concluir a construção das marginais das avenidas Barão de Mauá e Castelo Branco; integrar o transporte coletivo e renegociar a dívida de R$ 1,5 bilhão do Paço.

"É compromisso com cada morador de Mauá. Dá objetivos claros de onde quer chegar. É muito mais fácil governar quando se tem um rumo", elogiou Miriam. "O que se apresenta aqui não são promessas, são compromissos. É muito fácil os adversários dizerem que vão resolver tudo. Mas isso é uma grande mentira. É pensar que a população não tem discernimento", discorreu Paulo Eugenio.