Com a liderança disparada na segunda rodade de pesquisa realizada pelo Diário sobre a eleição ao Paço de São Bernardo, o atual prefeito e candidato à reeleição, Luiz Marinho (PT), era só sorrisos ontem, durante a caminhada que realizou pela manhã no bairro Olavo Bilac. Marinho aparece no levantamento com 54,3% das intenções de voto, o que garantiria sua vitória já no primeiro turno do pleito. Em julho tinha 46,5%.

Apesar da felicidade pelo resultado e de afirmar, durante seu discurso, que busca uma vitória consagradora nas eleições, Marinho preferiu manter os pés no chão e alertou os militantes do partido para, novamente, não entrarem no clima do "já ganhou".

"É o resultado do que construímos nos três anos e oito meses de governo. Já havia dito, no início da campanha, que a tendência era continuar crescendo. Quando o adversário (Alex Manente-PPS) falava que eu estava no meu teto, eu respondi, categoricamente, que ele estava enganado. Eu estava no meu piso. Creio que essa tendência continuará até o fim da campanha. Mas não quero saber de acomodação. O que interessa é o resultado do dia 7 (de outubro). Hoje (domingo), vou trabalhar até às 21h. Amanhã, às 7h, estarei na porta da Arteb (fábrica de equipamentos automotivos). A mensagem é para manter o pé no acelerador", declarou o petista.

O fato de ter boa margem de votos na pesquisa à frente do principal concorrente, não faz com que Marinho projete alguma promessa especial caso seja reeleito.

"Vamos continuar atuando da mesma forma, com a mesma serenidade, Vim para essa eleição com a cabeça voltada para cuidar da cidade. Não tem como prometer nada especial. Todos os nossos compromissos com a população estão demonstrados no plano de governo", disse Marinho.

DEBATE

Antes avesso aos debates que os meios de comunicação querem promover entre os candidatos a prefeito de São Bernardo, Marinho, pela primeira vez, pensa na possibilidade de discutir propostas com os concorrentes. "O debate será pensado. Não é uma prioridade. Eu faço debate todos os dias com a população. Mas isso não significa que eu não vá participar dos debates. Ainda vamos pensar, analisar essa questão", afirmou.