Implementar a cultura da paz em Mauá com o envolvimento da comunidade para prevenir a violência rege o capítulo sobre Segurança do plano de governo do candidato a prefeito de Mauá pelo PT, Donisete Braga. O conjunto de propostas foi lançado ontem com a participação do casal Masataka (PSB, candidato a vereador em São Paulo) e Keiko Ota (PSB, deputada federal), pais do menino Ives Ota, sequestrado em 29 de agosto de 1997 enquanto brincava em casa e assassinado um dia depois, aos 8 anos.

Desde a tragédia familiar, o casal empunha a bandeira pela cultura da paz, pregando justiça e perdão. Ontem, Masataka e Keiko se uniram a Donisete em dois atos: primeiro caminharam pela Avenida Barão de Mauá com cerca de 2.000 militantes de PT e PSB, que dividiram espaço com os carros. Agentes de trânsito orientaram no percurso, iniciado na Praça da Bíblia.

Em pausa em frente ao relógio da Praça 22 de Novembro, Donisete observou ser "tempo de reflexão e trabalho". "Queremos a cidade e o mundo sem egoísmo, de fraternidade e perdão. Este é o sentido do desafio que assumimos hoje (ontem)", afirmou. Durante boa parte da andança, o petista conduziu sobre os ombros o garoto Otávio, filho do candidato a vereador Osmar Santos (PT).

A caminhada foi encerrada no Independente Futebol Clube, onde Keiko ministrou palestra sobre a cultura da paz. "Sem ela não é possível diminuir a violência. Estamos unidos ao Donisete por este ideal", discorreu. "Quando ele falou que quer ser prefeito para dar segurança ao povo, abracei este homem", concluiu Masataka.

O prefeiturável apresentou dez propostas para a Segurança, entre elas plano e conselho municipal para a área formado por representantes da sociedade civil; a integração da Guarda Civil Municipal com as polícias Militar e Civil; gestão integrada de combate às drogas, envolvendo várias secretarias de governo; o videomonitoramento em portas de escolas, centros comerciais e locais com grande aglomeração de pessoas; e finalizar articulação junto ao governo do Estado pela implantação de uma unidade do IML (Instituto Médico-Legal) e de uma delegacia seccional em Mauá.

"Precisamos de pelo menos o dobro de funcionários da Polícia Civil na cidade (atualmente são 80) e acabar com a briga de interesses para definitivamente trazer a seccional para a cidade", declarou o prefeiturável.