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Entre os chuviscos da Chapada dos Guimarães
Heloísa Cestari
Do Diário do Grande ABC
27/10/2011 | 07:56
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Divulgação


"Há um chuvisco na Chapada, em toda mata um cochicho em cê-agá, chuá-chuá na queda d'água". Enquanto as cachoeiras da Chapada dos Guimarães viram música na voz de Tetê Espíndola em dueto com Ney Matogrosso, as imensas montanhas de arenito e as formas exóticas dos desfiladeiros instigam a imaginação de geólogos e místicos de plantão.

Situada em uma região com abismos de até 500 m de altura e mais de 100 quedas d'água, a mais famosa chapada do Mato Grosso conquistou, na década de 80, uma legião de hippies e esotéricos, que se instalaram por aquelas paragens atraídos pela notícia de que o local seria o berço de uma nova civilização. Formaram-se diversas comunidades alternativas em torno do paralelo 15, profetizado pelo padre italiano Dom Bosco, em 1883, como sendo o indicador dos pontos beneficiários da nova consciência planetária. Porto Seguro, no Sul da Bahia, e Brasília também fariam parte das cidades alinhadas energeticamente.

A preparação para a chegada da Era de Aquário incluía dias inteiros de meditação e energização nos vales e quedas d'água da região a fim de propiciar a captação das ondas cósmicas que, segundo os esotéricos, atravessam um buraco existente no céu.

Hoje, a maior parte dos alternativos já se foi. Mas o clima de misticismo permanece vivo nas histórias fantásticas contadas pela população, como o caso de um ônibus que ficou paralisado na estrada por feixes de luzes vindos de uma nave espacial.

 

NOVA XAVANTINA

Além da Chapada dos Guimarães, o Estado do Mato Grosso possui outra localidade que leva a fama de ser palco de forças sobrenaturais: Nova Xavantina, a 635 quilômetros da capital Cuiabá.

A aura mística da Serra do Roncador vem desde o século passado, quando bandeirantes que desbravaram a região em busca de tesouros disseram ouvir vozes vindas de dentro da serra. O próprio nome Roncador é atribuído ao barulho da força magnética irradiada pelos seus chapadões, repletos de cavernas com inscrições rupestres.

Mas o maior enigma ainda estava por vir. Em 1925, o coronel inglês Fawcett, que procurava uma suposta cidade perdida na região, desapareceu misteriosamente no Roncador. Até hoje há quem acredite que o coronel - estudioso de ufologia e de fenômenos paranormais - tenha encontrado a tal civilização, descendente da submersa Atlântida, e esteja vivo. Um tridente, protegido por uma tribo indígena, indicaria o local da cidade perdida, considerada sagrado pelos índios.




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