O candidato ao Paço de São Caetano do PT, vereador Edgar Nóbrega, utilizou o retrospecto político do prefeiturável do PMDB, vereador Paulo Pinheiro, para dizer que ele é "despreparado" para assumir o Palácio da Cerâmica.

Para Edgar, os 16 anos de Pinheiro como parlamentar governista, avalizando todas as ações da gestão de José Auricchio Júnior (PTB), explicam a teoria. "Ele foi testemunha do fechamento dos três hospitais (privados) da cidade e assistiu sem reação. Sempre aprovou os 100% de remanejamento do Orçamento (margem do prefeito para alterar o investimento). Isso é dizer que a população é um bando de não pensantes. Com dinheiro público é preciso rigor e planejamento. Nunca governou nem foi secretário de nada durante todo esse tempo. Quando foi presidente da Câmara teve sérios problemas com o Tribunal de Contas (do Estado)", disse Edgar.

Sem poupar palavras, o petista voltou a reclamar da falta de propostas do peemedebista. "Ele é a dúvida, um nada na política. Todas as vezes que se apresentou algo do tipo, nunca as pessoas tiveram boas escolhas. Foi assim com o (Fernando) Collor (de Mello, ex-presidente e senador do PTB) e com o Aidan (Ravin, prefeito) em Santo André", declarou. O estilo paz e amor de Pinheiro no início da campanha e, agora, nesta segunda parte da campanha eleitoral em que Pinheiro começou a variar discursos ácidos contra Auricchio e a candidata governista, Regina Maura Zetone (PTB), foi considerado como fator negativo por Edgar. "Ele demorou a fazer a crítica porque não sabe se é situação ou oposição ainda. É incoerente, ele não tem o direito de criticar a gestão que sempre defendeu", analisou.

Apesar de figurar na terceira posição na pesquisa divulgada pelo Diário em julho - 5,9% ante 41,1% de Regina e 33,7% de Pinheiro - o petista acredita que nos 45 dias que restam até o fim do pleito irá virar o jogo. "O Auricchio não vai admitir a possibilidade de perder a Prefeitura e vai aumentar o tencionamento entre eles com guerra. O eleitor quer saber de projeto. O petista vai pôr a estrela no peito e fazer campanha", definiu, ao negar que militantes do PT inclinam para a candidatura do PMDB.