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Salles não fará contrato com ONGs
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
21/08/2012 | 07:39
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Divulgação


Referindo-se ao desperdício de dinheiro público, o candidato ao Paço de Santo André pelo PDT, Raimundo Salles, assegurou que, se eleito, não renovará contratos com ONGs, iniciativa recorrente nas administrações Aidan Ravin (PTB) e João Avamileno (PT). O pedetista pretende fortalecer a Fundação Santo André para que a instituição torne-se gestora de mão de obra e pesquisa, criando, em especial, uma escola de administração pública. "Quero transformar a entidade numa FGV (Fundação Getulio Vargas)."

Com a mudança de perfil, Salles projeta que a fundação forneça, inclusive, recurso humano a outras cidades, assim como a Fundação do ABC, instalada em Santo André. Além de serviços, para o prefeiturável, a parceria tende a minimizar a dívida da instituição, na ordem de R$ 20 milhões.

Salles considerou que o sistema de contrato com ONGs é devastador para o município, contabilizando, ao menos, dois efeitos colaterais: falta de controle sobre quem realmente trabalha e desestímulo aos funcionários de carreira. "Somente para o Instituto Carvalho (para serviço no combate à dengue) foram R$ 68 milhões, em dois anos", disse, citando a entidade com suspeitas de irregularidades na prestação dos serviços à Prefeitura. O próprio governo Aidan encaminhou documentos ao Ministério Público alegando que há fortes indícios de anormalidades na prestação de contas.

As declarações foram concedidas em caminhada no Parque Miami. O pedetista visitou comércios da região, próximo ao Parque do Pedroso, ouvindo reclamações sobre o abandono do poder público aos problemas locais, principalmente na área de manutenção. Aos munícipes, ele prometeu criar nas redondezas um Ceisa (Centro Educacional Integrado de Santo André), espécie de CEU (Centro Educacional Unificado), idealizado no governo Marta Suplicy (PT), em São Paulo.

A marca da atual gestão, na concepção de Salles, é ausência de projetos. Segundo ele, foram quatro anos perdidos, sem ações de impacto. "Foi um minuto para votar e quatro anos para chorar", ironizou, mencionando que Aidan comprometeu todo o Orçamento com custeio. "É binômio de absoluta falta de preparo para ser prefeito e total descompromisso em governar. Todo mundo sabe que ele é braço curto, deixou outras pessoas administrarem a cidade."




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