Economia Titulo Educação
Escolas particulares estimam reajuste de 8,9%
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
21/08/2012 | 07:12
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Claudinei Plaza/DGABC


A inflação ainda é uma variável que apresenta dificuldade para que as escolas particulares calculem o reajuste das mensalidades para 2013. Mas o percentual deve ficar próximo de 8,9%, estimou a presidente da Aesp (Associação das Escolas Particulares do ABC), Valdineia Cavalaro.

Porém, Valdineia disse que a relação entre as escolas e os pais na região é transparente, o que facilitará a aceitação do reajuste. "Com base na inflação está muito difícil de prever de quanto será o nosso índice", afirmou, lembrando que a correção para este ano atingiu, em média, 10%, e que a correção para o próximo ano deve ser firmada em setembro ou outubro. Mesmo com o percentual, a região tem a menor taxa de inadimplência paulista.

Ontem, durante reunião regional das instituições de ensino privadas, em Santo André, o presidente do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva, revelou os últimos dados de atrasos nos pagamentos das mensalidades. "E os mantenedores da região estão de parabéns, fizeram a lição de casa corretamente", brincou o representante das escolas paulistas sobre a gestão dos colégios do Grande ABC.

Em julho, último resultado verificado pelo Sieeesp, a região apresentava inadimplência média de 4,78%. Esse percentual era de quase metade do resultado estadual, de 7,78%. Se comparado com a Capital, a diferença é ainda maior, tendo em vista que os paulistanos tinham 11% de inadimplência com as escolas particulares.

Para Valdineia, a baixa taxa de atrasos no Grande ABC se dá pela situação socioeconômica. "A renda da região está acima da média estadual."

O presidente do Sieeesp avaliou a consequência dos atrasos. "Hoje esse índice é perigoso, tendo em vista que se atinge 8%, no fim do ano é quase uma mensalidade a menos para a instituição. E ninguém tem caixa para bancar esse custo", declarou.

INFLAÇÃO - O Sieeesp fez uma estimativa de reajuste para o Estado de 7,32% considerando os resultados econômicos já divulgados. O percentual leva em consideração a média (5,32%) das variações do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é nacional, IPC-Fipe (Índice Preços ao Consumidor), sobre a Capital, e o ICV (Índice de Custo de Vida), especificamente sobre os preços às famílias, mais dois pontos percentuais de ganhos reais.

"Este é o momento de recuperarmos preços que perdemos no passado. O número de alunos está cada vez maior por causa da ascensão das classes C, D e E. É o sonho dessas famílias. Não tenham medo de aumentar, mas não exagerem, porque a concorrência está aí", orientou Silva aos mantenedores da região presentes na apresentação.




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