A maior parte do combustível que chega ao continente europeu passa pela Ucrânia e, com o impasse entre os dois países, pode haver um desabastecimento no futuro. Por enquanto, analistas do setor afirmam que o efeito no mercado europeu é limitado, já que os estoques estão em alta devido à demanda menor no verão no hemisfério norte.
Em meio ao aumento das tensões no leste ucraniano, a estatal russa OAO Gazprom eliminou, em abril, os descontos para o gás vendido à Ucrânia, fazendo com que o preço subisse 80%, para US$ 485,50 por 1.000 metros cúbicos, o maior valor na Europa. A OAO Gazprom exigia que Kiev pagasse uma dívida de US$ 1,95 bilhão, mas o governo ucraniano se recusou até que um novo preço seja acordado. Hoje, a Gazprom divulgou que a dívida total da Ucrânia é de US$ 4,458 bilhões.
A Rússia acusa a Ucrânia de intransigência e diz que os preços demandados por Kiev não são razoáveis. O governo russo tem procurado tranquilizar os clientes europeus e afirma que vai cumprir todas as obrigações contratuais.
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