Política Titulo Frustração
Apoio de Dilma a Padilha por vídeo indispõe o PT paulista

Ausente, presidente enviou mensagem de
apoio ao ex-ministro, que disputará o Estado

Rogerio Santos
16/06/2014 | 07:59
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Estadão Conteúdo


Aguardada no ato político que homologou a candidatura do ex-minitro da Saúde Alexandre Padilha ao governo do Estado pelo PT, a presidente Dilma Rousseff (PT) não compareceu, incomodando alguns petistas responsáveis pela campanha em São Paulo.

Para compensar a ausência, Dilma enviou um vídeo de sete minutos com mensagem ao aliado, escolhido para tentar interromper a hegemonia do PSDB no Palácio dos Bandeirantes. Mas não foi o suficiente para apaziguar os ânimos internos. Ninguém ousou falar abertamente, mas nos bastidores petistas cobraram a presença de Dilma.

“Você (Padilha) tem todo o meu apoio e nasce com a marca da mudança. São Paulo não pode confiar em volume morto. Você é o volume vivo”, disse a presidente, em crítica velada ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), principal adversário a ser superado no pleito.

As críticas aos tucanos e às declarações do senador Aécio Neves (MG), que no sábado foi homologado para disputar a Presidência, deram a tônica na convenção petista, que reuniu pelo menos 6.000 pessoas ontem na Capital.

Líder máximo do petismo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfatizou que essa disputa eleitoral será atípica. “Se em 2002 a esperança tinha de vencer o medo, agora a esperança tem de vencer o ódio”, disse Lula, pontuando que os correligionários devem se preparar para o clima hostil. “Nós seremos provocados e temos de estar preparados.”

Para o ex-presidente, a oposição fica incomodada com a política de participação social defendida pela sigla desde 2003, quando ele assumiu o Palácio do Planalto. “Pela primeira vez na história do Brasil temos provado que temos gente mais competente para governar.”

Presidente estadual do PT, Emídio de Souza criticou a ânsia dos adversários em “voltar ao passado”. “Eles vieram com um discurso de trazer de volta ao passado. No palanque deles (durante a convenção de Aécio), não tinha  prefeito ou deputado inovador, são as vozes de sempre”, criticou.

INDEFINIÇÃO

Escolhido ao passado para disputar o governo estadual, Alexandre Padilha foi oficializado para o pleito sem apresentar o número dois de sua chapa.  A definição deve sair em breve.

O que está quase certo é que o PR ficará com a vaga. O deputado federal Milton Monti, com base eleitoral no interior do Estado, ganhou força para ficar como vice.

Em quase uma hora de discurso, Padilha manteve tom crítico ao PSDB, apontando a crise no abastecimento de água, na Saúde e na Educação.   “São 20 anos de desserviço à população de São Paulo, temos de mudar isso”, frisou.




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