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Auricchio confia em resgate do patriotismo

Secretário destaca legado da Copa e diz que momento é de comemorar, dentro e fora de campo

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
12/06/2014 | 07:23
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Denis Maciel/DGABC


Num cenário em que o Brasil vive a expectativa de estreia na Copa do Mundo no País, hoje, depois de 64 anos, o secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), sustentou que o momento é de comemorar tanto dentro quanto fora de campo. “Agora o sentimento de brasilidade deve estar exacerbado, aflorado, assim como nas edições anteriores.” Segundo o representante do Grande ABC envolvido diretamente no evento, essa é a principal perspectiva do meio internacional. “Está faltando para nós (brasileiros) encarar de forma positiva.”

Auricchio afirmou que sensação advém da participação de congresso técnico, anteontem, no Hotel Transamérica, com representantes das cidades-sede e chefes das delegações das 32 seleções. Ele sinalizou, entretanto, que há convicção que, quando houver o início da competição, se retomará a “aura e autoestima” com a realização dos jogos em solo brasileiro. “Tudo isso sem misturar Copa e política ou o resultado da Seleção com eleição”, disse o petebista, utilizando o mesmo discurso da presidente Dilma Rousseff (PT).

O secretário evitou usar palavras que desqualifiquem possíveis manifestações populares durante a competição. Em contrapartida, Auricchio avaliou que “é inconcebível” imaginar protestos de mascarados em ocasião em que o “País está sendo visto por 3 bilhões de pessoas”. “Não sou contra quem está pleiteando o que quer que seja de forma legítima nem quero ser julgador dos movimentos de reivindicação, mas é preciso bom-senso, civilidade, respeito ao Estado democrático de direito. Não podemos passar por cima disso.”

Dentro desse contexto, para o petebista, o governo do Estado dá exemplo ao não despender dinheiro público no custeio da Copa. “Não há R$ 1 envolvido. Os recursos gastos (pelo Palácio dos Bandeirantes, aproximadamente R$ 400 milhões) foram no sentido de produzir legado definitivo para a cidade (de São Paulo).” Auricchio destaca obras em Mobilidade Urbana, Educação e Saúde na região de Itaquera, onde fica a Arena Corinthians. “Há novo complexo viário na Zona Leste, inauguração de Etec e Fatec, além do Pronto-Socorro no Hospital Santa Marcelina. Tem ganho inequívoco, valorização do entorno, modificação do panorama.”

O titular de Esporte ponderou, contudo, que não se pode negar equívocos cometidos no passado, que podem resultar em ‘elefantes brancos’, como estádios erguidos no Mato Grosso e Amazonas. Segundo Auricchio, “talvez o Brasil não precisasse das 12 cidades-sede” – última organizadora do evento esportivo, a África do Sul teve nove. “Mas não podemos retroceder ao momento de decisão tomada lá atrás. ”




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