Trabalhadores da Prol paralisam atividades; hoje deve haver passeata na Imigrantes
Os 750 funcionários da empresa Prol Editora Gráfica, localizada em Diadema, cruzaram os braços ontem. O motivo para a paralisação, segundo funcionários, foi que a empresa atrasou salários, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e deixou que férias vencessem.
“Temos trabalhadores que estão com mais de três férias vencidas, além de que a empresa não recolhe o FGTS também há três anos. Eles deveriam ter recebido o salário no dia 20, o que não aconteceu. Eles ouviram que não iam receber no quinto dia útil também, e isso acabou sendo a gota d’água para eles”, explicou o presidente do STIGABC (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas, Jornais e Revistas do Grande ABC), Isaías Karrara.
O operador de máquina Reginaldo Marreiro, que trabalha no local há oito anos, é um dos que estão sem tirar férias. “Neste mês vence pela terceira vez meu benefício. Eu já não consigo trabalhar direito, porque é impossível ficar sem descansar por três anos.”
O diretor presidente da Prol, Eduardo de Carvalho Filho, disse que a empresa passa por dificuldades, mas não atrasou os salários dos funcionários. “Temos problemas em férias e FGTS e estamos tentando normalizar a situação. No momento, a empresa está em recuperação judicial e passa por algumas dificuldades, por diminuição na demanda dos materiais.”
O sindicato decretou estado de greve na empresa e informou que vai fazer hoje às 7h passeata com os funcionários pela Rodovia dos Imigrantes.
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