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Lançamento Mercedes-Benz modelo CLA 45 AMG 4Matic
chega ao Brasil com 360 cv e motor 2.0 turbo
Do Diário do Grande ABC
Divulgação
Na Capital, a soma entre sexta-feira e chuva, impreterivelmente, resulta em congestionamento. E, claro, que esta última não foi diferente. Aliás, bateu recorde histórico, com quase 350 quilômetros, segundo as medições da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Bom, o fato é que, nós também estávamos em meio à essa imensidão de veículos. O objetivo? Chegar ao Autódromo de Interlagos e dar uma voltinha (aliás, três) no CLA 45 AMG 4Matic, que estreia no Brasil pela bagatela de R$ 289,9 mil.
A Mercedes-Benz aproveitou o clima de competição durante os treinos classificatórios da 1ª etapa mundial da CLA AMG Cup, válida pelo Mercedes-Benz Challenge (que aconteceu, no domingo) e nos convidou para acelerar os 360 cavalos subtraídos do motor 2.0 turbo na pista. Segundo a marca, o mais potente propulsor quatro cilindros fabricado em série no mundo. Vale recordar que, na derivação esportiva da Mercedes, cada bloco é assinado pelo engenheiro responsável. Exclusividade que rompe fronteiras...
UM BRINQUEDO E TANTO!
Ali, no boxes, a adrenalina dominava. Nós, jornalistas, estávamos feito crianças, que esperam na fila para brincar na atração predileta do parquinho. Mas, a ‘atração’ ali era o bólido da estrela de três pontas.
Sobre o design, os comentários são desnecessários. Vale apenas ressaltar os detalhes diferenciados da versão convencional (que aterrissou no Brasil em janeiro com motor 1.6 turbo de 156 cv) como aberturas maiores tanto nos para-choques, quanto nas rodas e grade do radiador – com lâmina dupla. Tudo, no intuito de dar mais vazão ao ar.
O acabamento black piano está espalhado por diversos componentes, como painéis das soleiras, friso traseiro e as próprias rodas (de liga leve e 19”), deixando o refinado CLA com cara de malvado. As pinças de freios vermelhas, a dupla saída de escape e o difusor traseiro, fazem parte do pacote. O formato de cupê, só que com quatro portas, dá o toque final.
Já do lado de dentro, além do couro preto (opcionalmente, pode ser cinza ou marrom) que reveste os bancos esportivos, portas e painel têm costuras vermelhas, é impossível não notar a principal mudança. Nele, a alavanca do câmbio deixa a coluna de direção e assume a posição tradicional. O intuito é facilitar a pilotagem daqueles que não abrem mão de utilizar o carro do dia a dia também em pista. E isso tem crescido no Brasil! O mercado de AMG mais que dobrou em cinco anos.
Em 2009 foram registradas 15.850 unidades vendidas ao redor do mundo. Número que pulou para 32.250 em 2013. “Foram 300 unidades no Brasil só no ano passado”, afirma o diretor de marketing da Mercedes-Benz, Dirlei Dias, em referência a todo o portfólio de AMG da marca, que vai do Classe A AMG ao SLS AMG. De acordo com o executivo, a meta é vender 120 unidades do CLA 45 AMG até o fim do ano por aqui.
Desbravando as curvas (e retas) do Autódromo de Interlagos
Ok. Já explanamos a caranga. Agora, é hora de detalhar seu comportamento em pista. Mas não pense que seus atingíveis 250 km/h (limitados) e o pouquíssimo tempo necessário para alcançar os 100 km/h (4,6 s) se devem somente ao bloco – um 2.0 a gasolina membro da família BlueDirect e desenvolvido pela AMG, derivação esportiva da Mercedes-Benz.
Aqui, tudo é um conjunto. Que passa por detalhes primordiais, como a tração integral permanente, a suspensão (especialmente desenvolvida) e, claro, a transmissão esportiva SpeedShift DCT, de sete velocidades e dupla embreagem.
Motor ligado. Cinto de segurança (especialmente, na cor vermelha) afivelado. Ao assumirmos a posição ao volante – multifuncional com base reta – o espírito muda, talvez, embalado pelo ronco delicioso que emana dos escapamentos. A única vontade é pisar fundo. Mas a pista escorregadia (devido ao excesso de chuva dos últimos dias) não permitiu.
PAU NA MÁQUINA!
A primeira volta é de reconhecimento, mas o carro é tão arisco (só o torque é de 45,9 mkgf entre 2.250 e 5.000 rpm) que, após contornar algumas curvas, o pé pesado do motorista que vos escreve deixou o carro escapar um pouquinho num dos pontos mais difíceis da pista (sim, o Cotovelo). Errou a rota? Problema nenhum! Uma viradinha no volante – a direção é eletromecânica – e o carro corrige a rota sozinho. Graças ao programa eletrônico de estabilidade (ESP) que dentre as funções destaca: contraesterço em caso de saída de traseira, correção da direção em frenagens em superfícies com diferentes níveis de aderência, redução da influência da tração dianteira na direção e compensação de ventos laterais e inclinação lateral da estrada.
No caso de colisão, o CLA 45 AMG conta com um total de sete air bags (frontais, laterais, joelhos do motorista e de cortina), controle de tração na aceleração (ASR) e controle eletrônico da tração em cada roda (ETS). Os equipamentos de segurança incluem também freios adaptativos (ABR) com sistema de assistência (BAS), pré-carregamento (Priming) e secagem automática dos discos em caso de chuva.
Na lista de conforto, o pacote também é vasto: ar-condicionado digital de duas zonas, bancos dianteiros elétricos, faróis bixenônio com função de curva, sistema Start/Stop, teto-solar panorâmico e central multimídia, além de câmera de ré, sistema de estacionamento automático e conexões para USB, iPod e MP3.
Com tanta tecnologia e, ainda, com o aval do piloto ao lado, o lance é frear antes da curva, posicionar o carro e sair acelerando. Na reta, basta curtir o ponteiro batendo nos 200 km/h.
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