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PRP deixa vice em saia justa

Partido da número dois de Sto.André, Oswana Fameli, fecha aliança com o PSB de Eduardo Campos, oposição ao PT

Fábio Martins
25/05/2014 | 07:31
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Por vezes conflitante em esferas distintas, a aliança eleitoral com vistas ao pleito de outubro carimbou a primeira saia justa em acordos majoritários do Grande ABC. A debutante da lista é a vice-prefeita de Santo André, Oswana Fameli (PRP). A legenda da número dois do Paço selou formalmente na sexta-feira apoio ao ex-governador de Pernambuco e pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, nome de oposição ao projeto de reeleição do PT, de Dilma Rousseff, aliada e correligionária do prefeito andreense, Carlos Grana.

Com postulantes de peso das duas partes no município, Dilma e Campos devem comparecer em agenda na região ao menos uma vez durante o período de campanha, colocando frente a frente os atuais alinhados. Não bastasse o impasse estabelecido com a parceria, a recente adesão entre PSB e PRP cria outro impacto político na cidade. Isso porque o partido do ex-governador tem como principal liderança em Santo André o ex-prefeito Aidan Ravin, pré-candidato a deputado federal no páreo deste ano e possível adversário do PT na eleição de 2016.

Presidente do PRP, Ovasco Resende sinalizou que o principal fator de apoio à chapa presidencial formada por Campos e Marina Silva (PSB) foi a escolha por proposta de renovação política, optando pela tentativa de quebrar a polarização entre petistas e PSDB, de Aécio Neves, na órbita nacional. A decisão da sigla, ainda considerada como nanica, se deu mesmo com o nome do socialista figurando na terceira posição das intenções de voto, atrás da presidente e do senador tucano, segundo pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira.

O caso remete a situação de mal-estar vivida por Aidan, à época no comando da Prefeitura, no processo eleitoral de 2010. Nessa última campanha pelo poder do Palácio do Planalto, o ex-prefeito declarou adesão a Michel Temer (PMDB), vice de Dilma, que saiu vitoriosa da disputa. Apesar de os quadros estarem vinculados na chapa, o ex-prefeito evitava falar na petista. Na ocasião, o socialista era filiado ao PTB e adotou o posicionamento na contramão do direcionamento dado pelas executivas nacional e estadual da legenda, que apoiaram José Serra (PSDB).

Em São Paulo, o PRP sinaliza acordo com o PHS. A aposta é no vereador paulistano Laércio Benko (PHS) na concorrência pelo governo do Estado e no empresário Fernando Lucas (PRP) na corrida por uma vaga no Senado.

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Em 2012, o PRP entrou na chapa oposicionista do PT ao emplacar o nome da empresária Oswana Fameli. Com o sucesso nas urnas, a vice foi indicada pelo prefeito para ocupar a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Procurada, ela não foi localizada para comentar o assunto.




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