Clóvis Volpi (PV), prefeito de Ribeirão Pires, não pode concorrer à segunda reeleição, mas o fato não é levado em conta pelo candidato ao Paço e vereador Saulo Benevides (PMDB), que adota discurso de ataque ao chefe do Executivo ao invés de rebater críticas dos adversários, inclusive do governista Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS).
Os problemas entre o peemedebista e o verde começaram em 2008, quando Saulo, ainda no PV, declarou oposição à atual gestão. Na época, o parlamentar alegou perseguição política por parte do prefeito no pleito municipal daquele ano. “Ele trabalhou para minha derrota e acabou envergonhado, pois fui eleito vereador. Tornou questão de honra para ele me ver derrotado”, afirmou o candidato do PMDB.
O cenário da sucessão também contribuiu para o racha entre eles. Desde que o PV chegou ao poder, Saulo entendia que ele era o nome para concorrer à eleição deste ano. Porém, logo no primeiro ano de mandato viu que Volpi preparava o presidente do partido José Valentim Seraphim (PV) para o posto de sucessor. O comandante do diretório municipal do partido foi preso em setembro de 2009, acusado de integrar quadrilha que explorava bingos e jogos de azar pela internet. O que inviabilizo a indicação.
Os problemas pessoais com o chefe do Executivo, segundo o peemedebista, não motivaram a migração para a ala oposicionista. “Por naturalidade, eu seria o candidato. Virei oposição porque o plano de governo elaborado não era cumprido”, alegou Saulo.
O candidato ao Paço ressaltou que o indeferimento do candidato governista, Dedé, não é o fator mais importante do pleito. “A maior perda do Clóvis não é falhar ao fazer sucessor, mas é a minha vitória, pois ele nunca acreditou em mim”, disparou o peemedebista.
Apesar da rivalidade, Saulo sentou com Volpi no ano passado para negociar possível aliança com o governo, na qual ele seria o cabeça da chapa majoritária. “Teria que fechar compromissos com o prefeito e com o grupo político dele. Não quero mais isso”, declarou o prefeiturável do PMDB.
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