O vereador de Diadema Célio Boi (PSB) reclamou ontem, durante sessão na Câmara, que a coordenação de apoio do prefeito e candidato à reeleição, Mário Reali (PT), pouco ouviu sugestões dos aliados. Boi criticou particularmente a falta de incentivo para construção de uma rodoviária municipal, projeto que tenta emplacar desde que o início do mandato, em 2009.

"O PSB está junto com ele (Reali), que tem responsabilidade de colocar isso em pauta, pelo menos. Queremos a rodoviária no plano de governo e vamos cobrar, goste o PT disso ou não", disparou o socialista. "Cobrarei do prefeito e do PT. Não vou parar de falar disso."

Ontem, Reali lançou oficialmente o plano de governo, que ele denomina como participativo. E desmentiu o pequeno espaço para sugestões dos 14 partidos aliados. "Todos interagem com o plano de governo. A capa tem a minha cara, mas tem projeto de todos. Aqui não tem só um Mário Reali. São vários ‘Mários Realis'", discursou durante o evento na subsede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, no bairro Piraporinha.

A atividade teve participação do senador Eduardo Suplicy (PT), dos deputados federais José de Filippi Júnior (PT), Paulo Teixeira (PT) e Vicentinho (PT) - que deixou o ato antes de o prefeito diademense chegar -, além de lideranças sindicais. E Reali teve preocupação de, constantemente, enaltecer o papel do arco de alianças.

FILIPPI E HADDAD

Coordenador de campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo, Filippi pediu votos para o ex-ministro durante o lançamento do plano de governo em Diadema. "Sei que muitos de vocês têm parentes ou amigos em São Paulo e temos de eleger o Fernando", justificou o petista aos militantes, muitos comissionados e quase todo o secretariado de Reali.