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Iveco Hi-Way tem o estilo mineirinho

Fabricante de Sete Lagoas tenta comer pelas beiradas no segmento de extrapesados

Lukas Kenji
Do Diário do Grande ABC
24/05/2014 | 08:00
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Divulgação


Por onde passa ele chama atenção. A cor laranja destaca o desenho imponente da cabine, intensificado pelos defletores aerodinâmicos (opcionais) que dão ao bruto aspecto de Fórmula Truck. Não é a estética, porém, que torna o Hi-Way um caminhão notável. O logo da Iveco na grade de um extrapesado é incomum. Mostra que a fabricante de Sete Lagoas, Minas Gerais, tem pretensões grandiosas em terra onde Volvo e Scania dividem a coroa.

 

A versão topo de linha 6x4 tem seu trunfo na transmissão automatizada Eurotronic de 16 velocidades, que vem de série. Inteligente, atua na maior marcha sempre que possível por ter boa leitura de rotações. O torque, aliás, tem pico de 255 mkgf entre 1.000 rpm e 1.500 giros graças ao motor Cursor de 12,9 litros e 560 cv (dispostos em 1.900 rpm) que tem a missão de carregar um bruto de 28,2 toneladas de PBT (Peso Bruto Total).

Mas o maior destaque durante os 160 quilômetros rodados entre São Bernardo e Osasco, carregando um bitrem com carga de 53 toneladas, foi um componente batizado de Intarder pela fabricante ZF. Trata-se de um freio auxiliar do tipo retardador hidrodinâmico, que trabalha em quatro estágios, podendo elevar a potência de frenagem do extrapesado para 978 cv.

Manuseado por meio de alavanca ao lado direito do volante, o sistema pode parar o caminhão sem que o condutor precise colocar o pé no freio – o que diminui o intervalo de trocas dos componentes de frenagem. Outro fator econômico é a utilização do mesmo óleo que lubrifica a caixa de transmissão.

Falando em economia, a Iveco promete um veículo 10% mais em conta em relação à família Euro 3. Vale ressaltar que a marca não possuía veículos da mesma proporção que o Hi-Way, que utiliza sistema SCR (Redução Catalítica Seletiva) – pós-tratamento de gases com aditivo de Arla 32. Cumpriu o trajeto de avaliação com consumo médio de 2,1 km/l.

Dentro da boleia, o extrapesado oferece conforto tanto para o motorista quanto para o passageiro por conta dos bancos pneumáticos. A locomoção é boa na cabine (de 1,90 metro de altura), que tem bom acabamento, mas deixa passar ruído mais intenso do que o desejável.




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