Economia Titulo Primeira necessidade
Com ajuda dos hortifrúti, preço da cesta básica na região cai 0,78%

Tomate recua 22,5% e, a laranja, 16,5%; já a cebola subiu 14,6%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
23/05/2014 | 07:10
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Pela segunda semana seguida, o valor da cesta básica no Grande ABC recuou. Passou a custar R$ 458,84, retração de 0,78%, o que significou economia de R$ 3,61, de acordo com dados da pesquisa da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) realizada nesta semana.

O levantamento, que toma como base o consumo mensal de família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças), é feito em 16 supermercados da região. Por esse estudo, são apurados os preços de 34 produtos, de higiene pessoal, limpeza doméstica e hortifrúti e alimentos industrializados.

Os itens do grupo de hortifrúti, desta vez, lideraram tanto as maiores altas quanto as principais baixas, ajudando a manter praticamente estável o custo geral da cesta. Puxaram para cima o valor do conjunto de produtos de primeira necessidade a cebola (14,6%) – para a média de R$ 2,50 o quilo – e a laranja (6,83%), que foi a R$ 1,72 o quilo. E o tomate registrou a maior queda (de 22,5%), passando à média de R$ 5,95 o quilo, e a batata agora custa R$ 3,28, o que é 16,5% menos que na semana anterior.

O responsável pela pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, explica que, no caso da cebola, esta época é da safra argentina, o que gera aumento, por causa do frete para transportar a mercadoria.

Já em relação à laranja, De Benedetto afirma que a elevação surpreende, pois normalmente, neste período, cresce a oferta e o preço tende a cair. Porém, segundo o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq-USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo), a fraca colheita na Flórida, nos Estados Unidos, que foi a menor desde 1984, favorece a exportação de suco processado para aquele país. Com isso, pode cair a venda no mercado interno, e o valor para o consumidor final, subir.

Outro item que aumentou foi a carne de segunda (alta de 4,60%), para R$ 13,42 o quilo. O pesquisador da Craisa destaca que a chegada do inverno prejudica as pastagens e, por isso, a tendência é de os preços seguirem em elevação.

RETRAÇÕES

Ainda segundo o engenheiro agrônomo da Craisa, o tomate e a batata já estavam com preços muito elevados, e com a demanda mais retraída, o varejo faz promoções para escoar os produtos.

Mas as perspectivas não são muito animadoras, com a chegada do frio, principalmente no caso do fruto. E o Cepea assinala que, na safra de inverno deste ano, a oferta deverá ser menor que a de 2013. 




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