Economia Titulo Seu bolso
Preço da cesta se
mantém estável

Apesar disso, alimentos têm diferença no valor de até 223%
entre mercados e consumidores devem continuar pesquisando

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
17/08/2012 | 07:16
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O gasto nos supermercados entre a semana passada e esta se manteve estável. O custo médio da cesta básica na região é de R$ 387,41. O valor é R$ 0,28 menor na comparação semanal. No entanto, isso não significa que o consumidor não deva pesquisar. O cliente que não tiver disposição para buscar ofertas pode pagar mais caro pelo mesmo produto. O preço do quilo da cebola, por exemplo, chega a ter diferença no valor de 223,53% entre um mercado e outro, de R$ 2,75 contra e R$ 0,85.

O quilo do feijão, ingrediente básico na maioria das refeições da população brasileira, tem variação no preço de até 55,52%, custando desde R$ 2,99 a R$ 4,65.

O levantamento, realizado pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) aponta ainda que o pacote de macarrão espaguete (que registrou a maior alta semanal - veja na arte acima) pode custar desde R$ 1,29 até R$ 1,79. O pote de margarina também ganha destaque, podendo variar até 121,69%, de R$ 1,89 a R$ 4,19.

"Os preços variam muito devido à política de cada mercado. Em alguns há muitas promoções, por exemplo. O volume de marcas que cada supermercado disponibiliza nas prateleiras também faz toda a diferença. Quanto maior a concorrência, menor o preço", disse o engenheiro agrônomo da Craisa responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá De Benedetto.

A explicação justifica o que tem acontecido com o preço do leite. Em uma semana os valores caíram 4,19%, registrando preço médio de R$ 1,83 por litro. "Alguns fabricantes utilizam embalagens plásticas e vendem o item por até R$ 1,75, deixando a bebida láctea mais competitiva", exemplificou Benedetto.

CARNE BRANCA - O preço do quilo do frango encareceu 3,86%, passando a custar R$ 4,30. Nesse caso, vale ressaltar que cortes congelados costumam ser mais caros do que o frango inteiro. "Em muitos estabelecimentos a política é de vender apenas as bandejas e o cliente acaba pagando mais, já que não tem a opção de levar o frango todo", citou o engenheiro.

Há meses que o preço do quilo do tomate tem impressionado os consumidores, chegando a custar R$ 7,98. Segundo Benedetto, os valores já deveriam ter baixado se os clientes substituíssem o item por outros alimentos, como a cenoura ou o repolho (alimentos mais baratos nesta época do ano). "Mesmo com os valores absurdos as pessoas continuam consumindo o tomate. Se houvesse queda nas compras, os produtores e revendedores já teriam baixado o preço", aponta.




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