Economia Titulo Cenário
Desvalorização real
de imóvel vai a 5,7%

Vendas diminuem 25,9%, empresas lançam 66,9%
a menos, mas estoque contam com redução de 24%

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
16/05/2014 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


 O preço médio do imóvel novo na região teve queda real de 5,76% no primeiro trimestre. O resultado acompanha acomodação do mercado, que vendeu 25,9% a menos do que em igual período de 2013 e reduziu o número de lançamentos em 66,9%.

As informações são da Pesquisa Imobiliária Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), divulgadas ontem. A entidade acredita que, neste ano, a valorização das unidades novas não vai superar o avanço da inflação. Destaca que o cenário não é dos piores, pois verificou escoamento dos estoques e continuidade da oferta de crédito, mas está atenta à barreira psicológica proporcionada pela crise no emprego do setor automotivo da região e pela Copa do Mundo de futebol.

No primeiro trimestre de 2013, as empresas lançaram 944 unidades com VGV (Valor Geral de Vendas) de R$ 368.324.230, o que resultou em preço médio de R$ 390.173.

Neste ano, entre janeiro e março, foram 312 lançamentos, com VGV de R$ 123.837.400, portanto preço médio de R$ 396.914.

Na comparação nominal, a valorização atingiu 1,72%. Porém, a inflação acumulada em 12 meses até o fim de março, com base no INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado), 7,94%. Portanto, com desconto deste percentual, os imóveis tiveram queda real de 5,76%.

ESTOQUES - Para a Acigabc, o escoamento dos estoques ditará as regras dos lançamentos e vendas no segundo trimestre. No fim de 2013, ano que atingiu recorde, com 10.054 unidades novas vendidas, as empresas tinham no banco 4.202 apartamentos, quantidade considerada alta para a região. O volume caiu 24,7% até o fim de março, para 3.160. Resultado, segundo Acigabc, tanto de promoções como também da continuidade da demanda.

Em compensação, vendo os estoques saírem, as companhias lançaram 66,9% a menos unidades no primeiro trimestre, na comparação anual, e presenciaram queda de 25,9% nas vendas, de 1.828 para 1.354.

Apesar disso, a Acigabc entende que o setor vende bem, ou seja, liquida 40% de um empreendimento em até três meses e, o restante, em até dois anos.




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