A General Motors vai parar a produção da fábrica de São Caetano nesta sexta-feira e na segunda-feira, dia 19, deixando em casa os cerca de 6.000 funcionários das linhas de montagem dessa unidade, por meio de chamados day-offs, em que a empresa paga o dia não trabalhado e pode fazer o desconto no banco de horas do metalúrgico.

A informação referente aos dois dias de parada foi passada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano e confirmada pela empresa. Segundo o presidente da entidade, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, está também prevista na programação da companhia a interrupção da atividade fabril dos dias 12 a 23 de junho, período que engloba praticamente toda a primeira fase da Copa do Mundo de futebol. A montadora, no entanto, afirma que ainda não há definição sobre o que ocorrerá durante os jogos do Mundial.

Cidão cita que, em dias normais, são fabricados 1.344 carros por dia na unidade da região e, dessa forma, seriam 2.688 veículos que deixariam de ser montados.

OUTRAS

Assim como a GM, há outras empresas do segmento fazendo paradas, como a Mercedes-Benz, a Volkswagen e a Scania. Os instrumentos para isso incluem também licença remunerada, férias coletivas ou lay-off (suspensão temporária do contrato de trabalho).

Esse último formato foi adotado pela Volkswagen, que vai deixar em casa, a partir de segunda-feira, 790 trabalhadores das áreas de montagem de veículos, com o retorno ao trabalho após no mínimo dois meses e no máximo cinco meses, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. A Volkswagen não confirma as datas nem o número dos que vão parar.

O diretor executivo da entidade, José Roberto Nogueira, o Bigodinho, disse que esse prazo dependerá da reação do mercado automobilístico. Ele acrescenta que se a situação não melhorar, há a possibilidade, dentro da legislação, de que a empresa coloque nova turma de trabalhadores em casa, com o retorno à atividade dos que estavam suspensos.

EMPREGO

O setor automotivo registra retração de 5% nas vendas de carros zero no quadrimestre, ante igual período de 2013. Por causa desse fraco desempenho e do grande volume de carros em estoque, as montadoras já cortaram, por meio de PDVs (Programas de Demissão Voluntária), 1.900 empregos desde janeiro.