Economia Titulo Habitação
A cada 25 imóveis lançados no País, um está na região

Mercado imobiliário atinge R$ 3,72 bilhões de valor
geral de vendas e representa 4,5% do setor nacional

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
09/05/2014 | 07:05
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Ricardo Trida/DGABC


O Grande ABC teve 11.195 imóveis comerciais, residenciais verticais e de hotéis lançadas em 2013. O número representou 5,7% do total de 196.292 unidades ofertadas no País. Isso significa que, na média, a cada apartamento ou sala comercial colocado à venda em território nacional, um estava na região.

Considerando o VGV (Valor Geral de Vendas), que é a soma dos preços cobrados pelas empresas pelas unidades, Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema e Mauá colocaram nas ruas R$ 3,72 bilhões em imóveis. Esse montante é o mesmo que 4,5% do total nacional, R$ 90,39 bilhões.

Para comparar a representatividade do mercado imobiliário da região, o PIB (Produto Interno Bruto) do Grande ABC, em 2013, de R$ 82,1 bilhões, foi apenas 1,7% da produção de riquezas brasileiras, que atingiu R$ 4,8 trilhões.

As informações sobre o mercado de imóveis são da Lopes, que publicou ontem o Anuário do Mercado Imobiliário Brasileiro 2013. Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ficaram de fora da pesquisa. As contas municipais e nacionais têm como base pesquisas do Observatório Econômico da Universidade Metodista, Fundação Seade e IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para o coordenador do Observatório Econômico da Metodista, o professor de Economia Sandro Maskio, a representatividade do mercado imobiliário da região no País, que é superior à participação do PIB, na mesma comparação, “é muito positiva”. “Mostra que há potencial de geração de mais riqueza pelo setor e também de empregos”, observou.

Aponta também que a absorção dos imóveis lançados está acelerada, cenário interessante para os investidores, avaliou o professor do curso de pós-graduação em Negócios Imobiliários da Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) Ricardo Leal. “Acredito em continuidade da valorização no Grande ABC.”

Diretor de atendimento da Lopes, Belmiro Quintaes concorda com a absorção de imóveis relevante à região. Acrescentou ainda que há muitos espaços para expansão do mercado.

MOTIVOS - Os especialistas apontaram como um dos principais motivos para o Grande ABC representar 5,7% dos imóveis lançados no País, em 2013, o atrativo de morar próximo à Capital e ter opção, com infraestrutura adequada, com menor preço.

Apenas como referência de precificação, o Índice FipeZape de Preços de Imóveis Anunciados, de abril, apontou que o preço médio do metro quadrado em São Paulo era R$ 8.003. São Caetano, dona dos espaços mais caros da região, apresenta R$ 5.398.

Maskio destaca ainda a maior renda na região, que garante a demanda. Segundo a Fundação Seade, os assalariados receberam, em média, R$ 2.040 por mês, em 2013. O valor é 24% maior do que o recorte médio das principais regiões metropolitanas do País. 




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