Política Titulo 3º turno
Eleição no Sindema causa outro embate de Lauro e PT

Governo de Diadema vai apoiar chapa de oposição no Sindicato dos Servidores contra filiados petistas

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
04/05/2014 | 07:28
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Denis Maciel/DGABC


Marcada para os dias 14 e 15, a eleição à presidência do Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) vai suscitar novamente o embate entre o governo do prefeito Lauro Michels (PV) e integrantes do PT, principal partido de oposição na cidade.

A administração decidiu apoiar chapa oposicionista no sindicato, que tradicionalmente é comandado por filiados petistas – hoje a presidente é Jandyra Uehara Alves, componente da ala Articulação de Esquerda no PT e mulher do ex-secretário de Esportes Rubens Xavier, atual primeiro suplente de vereador da sigla.

A professora Rosangela Von Mühlen terá suporte da gestão Lauro para tentar tirar a hegemonia petista no Sindema. Além do estofo do governo, ela contará com auxílio político informal da Força Sindical, que nacionalmente se opõe ao petismo.

Rosangela terá como adversário oriundo do petismo o atual vice-presidente da entidade, José Aparecido da Silva, o Neno. Ele foi escolhido pelo grupo que hoje lidera o sindicato porque Jandyra optou por não buscar a segunda reeleição – a dirigente está há seis anos conduzindo a entidade sindical.

O pleito também terá terceira via. O advogado Luiz Incerpi, que atualmente é consultor jurídico da Prefeitura e da Câmara, registrou chapa e buscará acolher votos de apartidários filiados ao Sindema.

“Espero que todos respeitem a eleição e que a disputa seja limpa”, anunciou Jandyra.
São 3.500 servidores aptos a votar nos dias 14 e 15. Dezessete urnas serão disponibilizadas para coletar os sufrágios dos funcionários públicos. Serão instituídos sete postos fixos de votação e dez unidades itinerantes nos bairros periféricos – locais exatos serão divulgados nesta semana no site oficial da entidade (www.sindema.org.br).

DÉJÀ-VU
O embate entre partidários de Lauro e representantes do PT foi escancarado em julho, na eleição para o conselho do Fumapis (Fundo Municipal de Apoio à Habitação de Interesse Social), que tem como objetivo orientar e definir os rumos de investimentos na área habitacional do município.

O governo não escondeu a tentativa de minimizar a influência petista no grupo e apoiou diretamente comissionados do Paço e aliados de vereadores situacionistas.

Confusão tomou conta no dia da eleição, com suspeita de fraude em votações. A administração preferiu suspender o processo eleitoral ao conselho do Fumapis e reabri-lo somente após contratação de empresa especializada para aplicação da votação.

O novo pleito ocorreu em dezembro, sem problemas graves registrados. Apesar da movimentação do Executivo, o PT acabou conquistando a maioria das vagas do conselho – o Paço emplacou somente Elivania Ferreira da Silva, conhecida como Vânia.




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