Política Titulo Campanha antecipada?
Dilma anuncia aumento de 10% para Bolsa Família

Presidente divulgou reajuste do valor após queda
em pesquisa; na terça, estudo a mostrou com 36%

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/05/2014 | 07:02
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André Henriques/DGABC


A presidente Dilma Rousseff (PT) apostou no incremento de seu maior programa de transferência de renda para frear queda de popularidade e avanço de adversários em pesquisas de intenção de voto na corrida presidencial. Ontem, em discurso em cadeia nacional para celebrar o Dia do Trabalho, a petista anunciou aumento de 10% nos valores do Bolsa Família. No Grande ABC, 72 mil famílias são beneficiadas pela ação, que atinge 36 milhões de brasileiros.


 

Na terça-feira, levantamento do CNT/MDA mostrou Dilma ainda à frente na disputa pela Presidência, mas com Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) mais próximos. A petista atingiu 36% das intenções de voto – tinha 43% em fevereiro – contra 21% do tucano e 11% do socialista.


 

Além da majoração das quantias do Bolsa Família, a presidente da República divulgou que irá corrigir a tabela do IR (Imposto de Renda) e prometeu incrementar o salário-mínimo, hoje em R$ 724.


 

“A valorização do salário-mínimo tem sido instrumento efetivo para a diminuição da desigualdade e para o resgate da grande dívida social que ainda temos com os nossos trabalhadores mais pobres”, afirmou.


 

Presidente nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire avaliou que as medidas anunciadas por Dilma decorrem “do desespero pelo despencar nas pesquisas” e, classificando as ações como “demagógicas e populistas”, analisou que promessas tendem a se reverter contra a petista.


 

“Há na sociedade sinais claros de esgotamento”, comentou, minimizando, porém, ingressar com representação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por propaganda antecipada. “Fomos tantas vezes e nada aconteceu”. O PSDB, entretanto, promete acionar a Justiça.


 

PETROBRAS

A chefe da Nação saiu em defesa da Petrobras, que está no epicentro de denúncias de superfaturamento e de CPIs no Congresso. Dilma disse que seu governo não deixará de investigar casos de corrupção, “lutando para que todos os culpados sejam punidos com rigor”, porém salientou que “não vai permitir que se utilize de problemas, mesmo que graves, para tentar destruir a imagem da nossa maior empresa.”




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