Economia Titulo 11,1%
Taxa de desemprego aumenta para 11,1%

Entrada de 24 mil pessoas no mercado de trabalho
e demissão de 19 mil no comércio explicam

Pedro Souza
01/05/2014 | 07:30
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Nario Barbosa/DGABC


A taxa de desemprego do Grande ABC atingiu 11,1% em março, alta de um ponto percentual frente ao mesmo período do ano anterior, quando atingiu 10,1%, e de 0,8 ponto sobre fevereiro, mês em que alcançou 10,3%.

Dois fatores contribuíram para o aumento. A expansão da PEA (População Economicamente Ativa), que representa as pessoas com mais de dez anos que estão empregadas ou em busca de trabalho, e a redução no contingente de trabalhadores do setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas.

As informações são da PED ABC (Pesquisa de Emprego e Desemprego do Grande ABC) da Fundação Seade em parceria com o Dieese. O estudo reflete o mercado de trabalho da região por meio de questionários aplicados em 600 famílias. São considerados tanto empregos formais como informais, autônomos e desempregados. Pela metodologia, a estimativa é de que 20% dos entrevistados trabalhem fora da região.

Em março, 158 mil pessoas estavam desempregadas, alta de 14 mil contra fevereiro e 18 mil sobre igual período do ano passado.

Naquele mês, o número de ocupados era de 1,267 milhão de profissionais, incremento de 10 mil sobre fevereiro e 21 mil ante março de 2013.

Porém, o período contou com o ingresso de 24 mil pessoas no mercado de trabalho, ou seja, que encontraram emprego ou estão em busca de uma ocupação. A PEA de março era de 1,425 milhão de moradores. O crescimento atingiu 1,7% na relação mensal, maior da série histórica em percentual.

SETORES - “Provavelmente, não houve a manutenção ou extensão dos contratos de vários trabalhadores admitidos temporariamente no fim de 2013”, avaliou o economista do Dieese Tomaz Ferreira Jensen, sobre a redução de 19 mil empregados no segmento de comércio e reparação de veículos automotores e motocicleta, que tinha 198 mil trabalhadores em março.

A indústria da transformação atingiu 336 mil empregados, alta de 5.000 na comparação mensal e 27 mil na relação anual. O setor de serviços contratou 24 mil trabalhadores, atingiu 651 mil empregados, alta de 6.000 sobre o mesmo período de 2013.

A pesquisa revelou ainda que o rendimento médio real dos ocupados atingiu R$ 2.095 em fevereiro, o que representa decréscimo da ordem de 3,3% sobre janeiro e de 1,7% na relação anual. 




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