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Cesta básica fica 2,1% mais cara em abril
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
01/05/2014 | 07:05
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Marina Brandão/DGABC


A batata foi o grande vilão da cesta básica de abril no Grande ABC, ao apresentar alta de 30,7%. O aumento do preço do legume influiu significativamente para que o conjunto de itens de primeira necessidade na região fechasse o mês 2,1% mais caro, de acordo com pesquisa feita pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). 
 
No levantamento, realizado em supermercados de seis das sete cidades (só Rio Grande da Serra ficou de fora), o custo para que família de quatro pessoas (dois adultos e duas crianças) adquirisse alimentos e itens de higiene e limpeza para se manter subiu de R$ 451,52 para R$ 461,01. 
 
Segundo o responsável pela pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, o clima quente e seco no início do ano gerou redução de áreas cultivadas, levando à diminuição na oferta do tubérculo. A batata, que em março custava, em média, R$ 1,78 o quilo, saltou para R$ 5,29 no mês passado. 
 
Outros itens que tiveram aumento significativo foram o leite longa vida (alta de 9,06%) e a banana (6,52%). De Benedetto assinala que o preço do leite costuma encarecer com a chegada de estações mais frias, já que o inverno prejudica as pastagens, obrigando os produtores a gastar mais com ração para complementar a alimentação do gado. Já a fruta também foi castigada pelo sol intenso dos primeiros meses deste ano. 
 

Outro item que subiu bastante foi o arroz (4,99%). De acordo com análise do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), os produtores vêm segurando a venda do produto para obter melhores preços. 

RETRAÇÃO

O tomate, que chegou a atingir R$ 8 o quilo em abril de 2013, agora colaborou para que o custo da cesta não subisse ainda mais. O produto teve retração de 27,2%, no mês, passando de R$ 6,66 o quilo, na média, em março, para R$ 4,84. Outro item que vem em baixa é a laranja. De Benedetto cita que, no verão, muita gente quer tomar o suco da fruta e, com o aumento da maior procura, o preço sobe. Agora, com a chegada do frio, além de ser época de safra, o consumo cai.  




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