As maiores vítimas estão na faixa etária dos 50 aos 59 anos. "Como a obesidade reduz a expectativa de vida, é esperado que os obesos sejam afetados por doenças graves mais cedo, na faixa etária dos 50 anos", diz o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas.
Os especialistas explicam que, além do monitorar o IMC, as pessoas devem ficar atentas à circunferência abdominal, que indica a presença de gordura visceral, ou seja, aquela que se aloja entre os órgãos e aumenta o risco de enfarte. "A medida não deve passar de 102 cm no homem e de 88 cm na mulher", afirma Mario Carra, da Abeso.
O IMC da dona de casa Neide Fabretti Aguilar Martins, de 71 anos, chegou a 51. Com 127 quilos e 1,55 metro de altura, ela desenvolveu diabetes e hipertensão, além de uma artrose no joelho, provocada pelo excesso de peso. Há dez anos, iniciou tratamento que combinava dieta, atividade física na água e uso de inibidores de apetite. Hoje com 81 quilos, ela diz estar mais ativa. "O médico quer que eu chegue aos 70 quilos e eu estou tentando. É um cuidado para o resto da vida."
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